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O preparo de um missionário: Anotações sobre a vocação, formação e chamado missionário de Simonton

O nosso personagem, Ashbel Green Simonton, nasceu no município de Dauphin, Pensilvânia, a 20 de janeiro de 1833, sendo o caçula de uma família de nove irmãos, dos quais cinco eram rapazes.[1]

Seus pais casaram-se em 1815.[2] O pai de nosso missionário, William Simonton (1788-1846), que morrera quando Simonton contava com apenas treze anos (17/05/1846), fora médico e político conceituado – tendo sido eleito duas vezes para o Congresso dos Estados Unidos, servindo no período de 1839 a 1843[3] –, também era um presbítero consagrado, educando seus filhos no temor do Senhor por meio da prática e do ensino.[4]

Sua mãe, Martha Davis Snodgrass Simonton (1791-1862), era filha do primeiro matrimônio do pastor presbiteriano, Rev. James Snodgrass (1763-1846)[5] e de Martha Davis (1760-1828).[6] Seu avô materno pastoreou a Igreja presbiteriana de West Hanover durante 58 anos e dois meses, falecendo em 2 de julho de 1846.[7]

 

Batismo e Consagração de Simonton

Na ocasião do seu batismo (14.06.1833)[8] – realizado, segundo creio, pelo seu avô materno, Rev. James Snodgrass (1776-1843) –, Simonton foi consagrado ao Ministério pastoral por seus pais. Esse fato marcou profundamente a sua vida.[9]

Simonton iniciou seus estudos em sua cidade natal. Após o falecimento de seu pai, em 1846, a família transferiu-se para Harrisburg, capital da Pensilvânia, onde ele prosseguiu sua formação na tradicional Harrisburg Academy, fundada em 1784. Posteriormente, ingressou no College of New Jersey − fundado em 1746 e mais tarde conhecido como Princeton College −, onde concluiu sua graduação em 1852.[10]

 

Viagens pelo Sul dos Estados Unidos

Entre o final de outubro e o início de novembro de 1852, Simonton partiu rumo ao sul dos Estados Unidos − período em que iniciou seu Diário −, viajando por diversas cidades, como Norfolk, Petersburg, Raleigh, Fayetteville, Columbia, Winnsboro (Carolina do Sul), Atlanta, Augusta, Decatur, Cartersville, Griffin, La Grange, Montgomery, Eutaw, entre outras. Durante essa jornada, atuou como agente do jornal Presbyterian[11] e de uma Revista,[12] até que, em janeiro de 1853, conseguiu um emprego fixo e estabeleceu-se em Starkville. Foi então que registrou em seu Diário: “Ali cessaram, por ora, minhas peregrinações.”[13]

Simonton permaneceu por dezoito meses em Starkville, lecionando em dois turnos: das oito ao meio-dia e das duas às cinco e meia da tarde.[14] A escola era rústica e, devido à mentalidade predominante na região, não oferecia perspectivas promissoras.[15] Os alunos mostravam-se indisciplinados.[16]

Em certa ocasião, o jovem professor adotou uma postura firme: “Na sexta-feira passada, apliquei algumas varadas em dois de meus alunos que, ainda penso, mereciam.” [17]

Essa atitude quase provocou um conflito mais sério com os pais dos meninos. No entanto, a situação foi resolvida sem maiores consequências, e o jovem e enérgico professor saiu fortalecido, contando com o apoio do Conselho Escolar.[18]

Finalmente chega o momento de retornar à sua cidade − um desejo que ele acalentara no coração por vários meses.[19] Ao comunicar pessoalmente que, possivelmente, não voltaria para o segundo semestre de 1854, causou tristeza entre os pais dos alunos. “Todos expressaram seu desejo de que eu retornasse” − anotou, com sensibilidade, em seu Diário. [20]

Entre meados de junho e o início de julho de 1854, Simonton retorna a Harrisburg e, acreditando ter resolvido um antigo dilema, decide enfim seguir a carreira de advogado. A escolha, no entanto, vai de encontro aos desejos de sua mãe e aos protestos de amigos do Sul, que esperavam vê-lo dedicado ao ministério.[21] Sua decisão, contudo, revela-se desprovida de entusiasmo, como se depreende de sua própria anotação: “Escolhendo o Direito, não me animam as mesmas esperanças da maioria que o escolhe.” [22]

Essa falta de convicção torna-se ainda mais evidente seis meses depois, quando registra em seu Diário: “A verdade é que chego aos vinte e dois anos, e ainda não fixei o objetivo de minha existência.”[23]

 

Profissão de Fé e Ingresso no Seminário:

1º de maio de 1855, terça-feira à noite:

O Conselho da igreja se reuniu com os que querem filiar-se e, depois do exame foram admitidos vinte e um candidatos. A reunião foi muito solene, de resultados sérios para melhor ou pior. Cada um foi examinado em separado por alguns minutos; depois o Conselho se reuniu na sala do Sr. Robinson.[24]

No domingo, 6 de agosto de 1855, Simonton registrou em seu Diário: “Hoje, com mais vinte e duas pessoas, fiz pública aliança com Deus, para ser Seu no tempo e na Eternidade; essa aliança jamais será quebrada.”[25]

No domingo, 6 de agosto de 1855, Simonton registrou em seu Diário: “Hoje, com mais vinte e duas pessoas, fiz pública aliança com Deus, para ser Seu no tempo e na Eternidade; essa aliança jamais será quebrada.”[26]

Essa decisão foi tomada em meio a dúvidas superadas e outras ainda persistentes, como ele próprio confessa: “Cheguei a este ponto através de muitas dúvidas e desalentos, mas agora a maioria desapareceu.”[27]

Oito meses depois, ao completar 23 anos, Simonton reflete sobre o passo dado: Hoje é meu aniversário, o primeiro desde que fiz a profissão. Minha fé era fraca e minhas impressões tão inadequadas que, por vezes, não podia deixar de me sentir indeciso quanto à minha verdadeira condição.” [28]

Por ocasião de seu exame para a Profissão de Fé, Simonton já demonstrava estar praticamente convencido de que Deus o havia chamado para o ministério da Palavra.

Quando fui examinado o Sr. Weir perguntou se eu tinha decidido quanto à minha profissão, e se estaria disposto a ser pregador, caso me convencesse de ser esse o meu dever. Meus sentimentos a esse respeito são intensos. No batismo fui consagrado  a  esse ministério;[29] em toda a vida tive convicção de ser responsável pelo cumprimento dos votos de meus pais e secretamente, (pois nunca confessaria este sentimento a outros) tenho desejado que chegue o dia em que possa cumprir essa promessa. E, mais estranho e inexplicável,  tenho  sentido  forte desejo de possuir os dons necessários à pregação do Evangelho (…). Pois se agora concluir ser meu dever e privilégio cumprir tantas expectativas, aceitarei alegremente e louvarei a Deus, por me dar tal honra. Não terei dúvidas em sacrificar seja o que for (do ponto de vista mundano), para optar pelo ministério – contanto que veja a vocação com clareza.[30]

Três dias depois, quando professou sua fé:

Assumi os votos feitos por meus pais em minha infância, para ser do Senhor, e fazer de Seu serviço o supremo objetivo da vida. Para que todo caminho que eu tomar seja marcado por Sua Palavra e Sua Providência, jamais me deixarei afastar do caminho que Ele indicou; especialmente se Sua Vontade clara me indicar o Ministério, para lá irei com alegria e zelo. E para descobrir Sua Vontade orarei e esperarei por Ele com coração sincero.[31]

Duas semanas depois, Simonton já está convicto de sua vocação. Seus olhos, então, se voltam para o Seminário de Princeton. Em 20 de maio de 1855, registra em seu Diário:

Tomei minha primeira lição de Hebraico hoje. Pretendo dedicar uma hora ou duas ao Hebraico enquanto James está em casa. Os professores do Seminário, em Princeton, consideram importante que se saiba um pouco dessa língua antes de entrar no Seminário, portanto é meu dever aprender.

Sua preparação não se restringia ao aspecto acadêmico; buscava definir com clareza o propósito de sua jornada no Seminário, especialmente no que dizia respeito à vida espiritual. Em suas palavras:

E agora, às vésperas de ir para o Seminário estudar Teologia, seria bom olhar as tentações que irão seguir-me, e me esforçar para escapar de seu poder. Existem deveres que deverão receber especial atenção; e para nunca deixar de lembrá-los, e examinar minhas atitudes em relação a eles daqui em diante, vou escrevê-los. Além disso, é bom definir com clareza o que quer fazer, e fazê-lo deliberadamente. Ei-los:

Frequência constante aos exercícios devocionais do Seminário e uso de todos os meios de graça que edifiquem minha piedade (…) orações particulares (…) vigilância sobre meu coração contra os pecados que o rodeiam (…) Estudo devocional da Bíblia, e leitura dos trabalhos de experiências religiosas e memórias de cristãos que se distinguiram pela piedade sincera de seus corações.

Comunhão constante e íntima com Deus para crescer na vida divina (…) O cultivo da “graça da oração” (…).[32]

No mês de setembro de 1855, começa seus estudos no Seminário de Princeton.[33]

No seu curso teológico, destacou-se no estudo das línguas orientais.[34] É perceptível pelos registros que fez em seu Diário, o gosto que tinha pelo estudo de línguas estrangeiras; assim, encontramo-lo com, ao que parece, um bom conhecimento de latim,[35] grego,[36] alemão,[37] hebraico,[38] árabe[39] e, posteriormente o português, língua que Simonton aprendeu a falar fluentemente e escrever com estilo e elegância.

 

A sua vocação Missionária

A vocação missionária de Simonton foi despertada já no segundo mês de aulas no Seminário. O instrumento para esse chamado foi o Dr. Charles Hodge (1797–1878), um dos mais influentes teólogos presbiterianos americanos do século XIX. Simonton registra em seu diário, em 14 de outubro de 1855:

Ouvi hoje um sermão muito interessante do Dr. Hodge sobre os deveres da igreja na educação. Falou da necessidade absoluta de instruir os pagãos antes de poder esperar qualquer sucesso na propagação do Evangelho (…). Esse sermão teve o efeito de levar-me a pensar seriamente no trabalho missionário no estrangeiro (…). Eu nunca havia considerado seriamente a alternativa de trabalhar no estrangeiro; sempre parti do princípio de que minha esfera de trabalho seria em nosso país, tão vasto, e que cresce tanto. Pois estou agora convencido de que devo considerar a possibilidade seriamente; e se há tantos que preferem ficar, não será meu dever partir?[40]

Esta centelha vai arder em seu coração gradativamente. Seguem alguns registros do seu Diário:

Diário, 20/01/1856: “Estou pronto para desistir do mundo com suas riquezas e honras, e ir a qualquer lugar aonde Ele me envie a Seu serviço.”

Diário, 04/02/1856: “Sinto-me atraído para o trabalho missionário (…). No momento o trabalho missionário apresenta, parece-me, maior demanda, não apenas por causa da grande falta dos meios da graça, mas porque poucos estão dispostos a ir (…).”

Diário, 10/10/1857:

Por mais de um ano tenho resolvido na mente a possibilidade de vir a ser missionário. Quando a ideia primeiro surgiu, resolvi pensar seriamente, orar, e adiar a decisão até perto do fim do curso. Como está chegando esse fim, a questão pesa cada vez mais sobre mim, e se fosse possível, gostaria de vê-la decidida. O Dr. Wilson[41] (das Missões Estrangeiras) esteve em meu quarto hoje, e falamos sobre as Missões; dei-lhe fortes razões para crer que eu formalmente me ofereceria para trabalhar com a Junta. Meus sentimentos a respeito desse trabalho já são menos inquietos agora do que quando a decisão estava longe. No que depende de mim, estou  pronto para partir; e sinto, mais que nunca, ser esse o caminho de meu dever.

Pouco mais de um ano depois, já não restavam dúvidas. A incerteza inicial dera lugar a uma convicção firme e serena: Simonton estava plenamente seguro de que seu chamado ao campo missionário vinha de Deus. A luta interior − marcada por questionamentos, hesitações e ponderações − foi vencida pela clareza espiritual de que sua vocação não era apenas fruto de aspirações pessoais, mas expressão da vontade divina. O Brasil, até então um nome remoto e quase abstrato, tornava-se agora o destino concreto de sua obediência, entrega e serviço.

Registra em seu Diário, 27/11/1858:

Finalmente o passo decisivo foi dado. No dia 25 mandei minha proposta formal à Junta de Missões Estrangeiras. Mencionei o Brasil como o campo no qual estaria mais interessado, mas deixei à Junta a decisão final. Irei só. Assim, a incerteza que vem me oprimindo há um ano finalmente terminou. A mão da Providência pode ser evidentemente vista nisto. A Ti, ó Deus, confio meus caminhos na certeza de que o Senhor dirigirá meus passos retamente.

A resposta não tardou, na primeira quinzena de dezembro de 1858, Simonton anota em seu Diário, 13/12/1858: “Tendo na última quarta-feira recebido resposta da Junta, dizendo que tinha sido nomeado missionário, ponho em prática um plano feito meses atrás (…) enquanto preparo a partida para o campo estrangeiro.”[42]

Enquanto Simonton ia consolidando sua convicção de que Deus o chamava para o campo missionário no Brasil, a vida seguia seu curso, marcada por eventos significativos. Em 14 de abril de 1858, poucas semanas após sua formatura no Seminário Teológico de Princeton, ele foi licenciado como pregador do Evangelho pelo Presbitério de Carlisle, na Pensilvânia.[43]

Assim, estagiou com o proeminente Rev. William H. Foote (1794-1869) em Romney, Virgínia. O seu trabalho foi tão bem sucedido que “as igrejas da região pedem-lhe formalmente que reconsidere a decisão de partir. Queriam-no como pastor.”[44] Todavia, ele está decidido – consciente da sua vocação –, a vir para o Brasil. Dentro desta perspectiva, Simonton vai para New York, onde começa a estudar o português.[45]

Em 14 de abril de 1859,[46] precisamente um ano após a sua Licenciatura, Simonton é ordenado ao Sagrado Ministério em Harrisburg pelo Presbitério de Carlisle, onde pregou um sermão intitulado “Passa à Macedônia”, o qual foi publicado posteriormente no Presbyterian Magazine. A parênese de ordenação, foi feita pelo seu tio materno, Rev. William D. Snodgrass D.D. (1796-1886).[47]

O Dr. John Leighton Wilson (1809-1886), secretário da “Board Foreing Missions” (Junta de Missões Estrangeiras), que conversara com Simonton em 10/10/1857,[48] aconselha-o a visitar o Western Theological Seminary, localizado em Allegheny, Pensilvânia,[49] para conhecer o Sr. Alexander L. Blackford (1829-1890), que havia se formado e ordenado naquele ano (1859) e, que também fora aceito como missionário para o Brasil.[50] A amizade entre ambos, surgiu e consolidou-se em poucos dias de convívio.

 

Sua viagem rumo ao Brasil

No dia 18 de junho de 1859, aos 26 anos de idade e recém-ordenado ao ministério, Simonton embarcou no porto de Baltimore, a bordo do navio de vela Banshee, com destino ao Brasil. Sua veneranda mãe e seu irmão João[51] o acompanharam até o embarque. Antes da despedida, reuniram-se em fervorosa oração, entregando sua missão aos cuidados de Deus.[52]

Durante os 55 dias de travessia, Simonton demonstrou zelo missionário ao organizar uma Escola Dominical nos aposentos dos marinheiros, que foi bem recebida e despertou interesse entre os tripulantes. Apesar da receptividade, ele manteve uma visão crítica e realista, como registrou em seu Diário três dias antes de chegar ao Rio de Janeiro:

Dois ou três (marinheiros) disseram que pretendem mudar de vida no futuro mas temo que isso signifique apenas uma auto-reforma. Acham que precisam deixar o mar para corrigir a vida. Conversei com a maioria deles, e fiquei a par de suas vidas; todos se parecem; ou foram abandonados sem parentes ou amigos, ou queriam ver o mundo e gozar a mocidade (…) Mas não se podem levar a sério todas essas promessas. Eles se arrependem no mar e pecam em terra.[53]

Finalmente, em 12 de agosto de 1859, uma sexta-feira, Simonton desembarcou no porto do Rio de Janeiro. Após a longa jornada,[54] apresentava-se com o rosto emoldurado pela barba e a tez queimada pelo sol,[55] pronto para iniciar sua missão em solo brasileiro.

 

Considerações finais

Como procuramos demonstrar ao longo deste estudo, a vocação de Ashbel Green Simonton não foi fruto de um impulso momentâneo, mas o resultado de um processo espiritual profundo, iniciado desde o seu batismo e consagração ao ministério por seus pais.

A luta interior, os dilemas vocacionais e a busca por clareza espiritual revelam um homem comprometido com a vontade de Deus, disposto a renunciar às ambições pessoais em favor do serviço pastoral. Sua entrega não foi precipitada, mas amadurecida ao longo dos anos, marcada por oração, reflexão e discernimento.

Simonton recebeu uma formação acadêmica de excelência, destacando-se pelo domínio de línguas e pelo rigor teológico cultivado no Seminário de Princeton. Contudo, sua preparação não se restringiu ao aspecto intelectual. Desde o lar, foi nutrido por uma espiritualidade sólida, que se aprofundou por meio de práticas devocionais, leitura edificante e vigilância constante sobre o coração − evidenciando um equilíbrio admirável entre mente e alma.

A influência de figuras como Charles Hodge e John Leighton Wilson foi decisiva para o despertar de sua vocação missionária. Somam-se a isso o legado familiar, especialmente o exemplo de seu avô, Rev. James Snodgrass, e o impacto do Dr. Ashbel Green — nomes que representam uma tradição presbiteriana marcada pela piedade, erudição e compromisso com a missão.

A escolha pelo Brasil como campo missionário não foi apenas estratégica, mas teologicamente fundamentada como resposta ao chamado divino. Sua decisão, tomada em meio a incertezas e desafios, revela um espírito de obediência, coragem e fé. Simonton não veio por conveniência, mas por convicção.

Hoje, ao celebrarmos os 166 anos de sua chegada ao Brasil, reconhecemos que o presbiterianismo brasileiro é herdeiro direto de sua dedicação e visão. Sua história não apenas informa − ela inspira. Mostra-nos como um jovem, guiado pela convicção espiritual, pode transformar o cenário religioso de uma nação.

Devemos dar graças a Deus pela vida de Simonton e por tantos outros servos que, com abnegação e zelo, atenderam ao chamado divino e dedicaram-se à proclamação do Evangelho.

A vida de Simonton é um convite à reflexão sobre vocação, missão e legado. Que sua história continue a inspirar novas gerações a ouvir o chamado de Deus, a se preparar com diligência e a servir com fidelidade − para que o Evangelho de Cristo siga transformando vidas e alcançando os confins da terra.

 

Amém!

Referências Bibliográficas

 

Referências impressas

 

ALEXANDER, Archibald. Biographical Sketches of the Founder and Principal Alumni of the Log College. Princeton: J. T. Robinson, 1845.

BLACKFORD, A.L. Ashbel Green Simonton: Sermões Escolhidos. São Paulo: Cultura Cristã, 2008.

CALHOUN, David B. Princeton Seminary: Faith & Learning – 1812-1868. Carlisle: The Banner of Truth Trust, 1996, v. 1.

CALHOUN, David B. Princeton Seminary: The Majestic Testimony – 1869-1929. Carlisle: The Banner of Truth Trust, 1996, v. 2.

COSTA, Hermisten M.P. O Seminário e a Formação de Pastores, São Paulo: Cultura Cristã; Seminário Presbiteriano Rev. José Manoel da Conceição, 2025 (E-Book).

DENNIS, James S. Christian Missions and Social Progress: A Sociological Study of Foreign Missions. New York: Fleming H. Revell Company, 1906, v. 3.

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FERREIRA, Júlio A. História da Igreja Presbiteriana do Brasil. São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1959, v. 1.

HODGE, Archibald A. The Life of Charles Hodge. New York: Charles Scribner’s Sons, 1881.

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KELKER, Luther Reily. History of Dauphin County Pennsylvania (with Genealogical Memoirs). New York: The Lewis Publishing Company, 1907, v. 1 e 3.

LANDES, Philip S. Ashbel Green Simonton: Model Pioneer Missionary of the Presbyterian Church of Brazil. Fort Worth: Don Cowan Company, 1956.

LOWRIE, John C. Rev. A.G. Simonton. In: Diário. São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1982.

NOLL, Mark A. The Princeton Theology: 1812–1921. Grand Rapids: Baker Book House, 1983.

RIBEIRO, Boanerges. Protestantismo e Cultura Brasileira. São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1981.

SIMONTON, Ashbel Green. Diário: 1852–1867. São Paulo: Casa Editora Presbiteriana; Livraria O Semeador, 1982.

SIMONTON, William. Family History, Genealogical, Historical and Biographical, of the Simonton and Related Families. St. Paul: Webb Publishing Co., 1900.

SNODGRASS, William D. The Scripture Doctrine of Sanctification: Stated and Defended Against the Error of Perfectionism. Philadelphia: Presbyterian Board of Publication, 1841.

SPRAGUE, William B. Annals of the American Pulpit: or Commemorative Notices of Distinguished American Clergymen. New York: Robert Carter & Brothers, 1858, v. 3.

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Referências eletrônicas

 

https://bioguide.congress.gov/search/bio/S000427

https://pt.findagrave.com/memorial/15857028/ james-snodgrass

Nathaniel Irwin and the Plan of Union 1801

https://sps.br/wpress/wp-content/uploads/2023/09/Revista-Teologica-Ed-75-N1-Artigo-1.pdf

https://www.presbyteriansofthepast.com/2024/01/25/leighton-wilsons-find-evolution/

Rev. Hermisten Maia Pereira da Costa

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[1] Cf. William Simonton, Family History, Genealogical, Historical and Biographical of the Simonton and Related Families, St. Paul: Webb Publishing Company, 1900, p. 31.

[2]Cf. William Simonton, Family History, p. 29.

[3] Cf. https://bioguide.congress.gov/search/bio/S000427 (Consultado em 12.08.2025).

[4]Philip S. Landes, Ashbel Green Simonton, Fort Worth, Texas: Don Cowan Company, 1956, p. 6.

[5] O Rev. James Snodgrass se formou na Universidade da Pensilvânia em 1783. Ele estudou teologia sob a tutela do Rev. Nathaniel Irwin. (Cf. William Henry Egle, et. al. eds. Commemorative Biographical Encyclopedia of Dauphin County, Pennsylvania, Chambersburg, PA.: J.M. Runk & Company, Publishers, 1896, p. 191). Segue uma curiosidade: O Rev. Nathaniel Irwin (1756-1812), que durante todo o seu ministério pastoreou uma única igreja, Neshaminy (1774-1812), era conhecido por seu gosto por política desde o tempo de estudante, sua descontraída alegria, piedade, conhecimento e espírito visionário. (Vejam-se: https://www.presbyteriansofthepast.com/2022/02/08/nathaniel-irwin-and-the-plan-of-union-1801/ (Consultado em 12.08.2025); William B. Sprague, Annals of the American Pulpit: or Commemorative Notices of Distinguished American Clergymen, New York: Robert Carter & Brothers, 1858. v. 3, p. 333-335). Foi Moderador da Assembleia Geral da Igreja Presbiteriana em 1801. Em seu testamento, Irwin deixou um legado considerável para a construção do seminário (1 mil dólares), desde que fosse em Princeton. (Archibald Alexander, (Collected and edited), Biographical Sketches of the founder and principal alumni of the Log College, Philadelphia: Presbyterian Board of Publication, © 1845, p.12. Mesmo o seu salário na igreja não sendo elevado (130 libras) que depois foram reduzidas para 100 libras, com casa pastoral (Detalhe: a casa nunca lhe foi disponibilizada), Irwin era excelente administrador (Cf. William B. Sprague, Annals of the American Pulpit: or Commemorative Notices of Distinguished American Clergymen, New York: Robert Carter & Brothers, 1858, v. 3, p. 334-335; https://www.presbyteriansofthepast.com/2022/02/08/nathaniel-irwin-and-the-plan-of-union-1801 / [Consultado em 12.08.2025]).

[6] Com a morte de sua esposa, o Rev. Snodgrass casou-se pela segunda vez; agora com Nancy (1770-1839). (Cf. William Henry Egle, et. al. eds. Commemorative Biographical Encyclopedia of Dauphin County, p. 191).

[7]Philip S. Landes, Ashbel Green Simonton, p. 5; Ashbel Green Simonton, Diário 1852-1867, São Paulo: Casa Editora Presbiteriana; Livraria O Semeador, 1982, 16/05/1855. (Doravante citado como Diário). Na sua lápide foi escrito: “Pastor da Congregação Presbiteriana de West Hanover durante um período de 58 anos e 2 meses. Ele nasceu em Bucks Co., Pensilvânia, em 23 de julho de 1763. Licenciado para pregar o Evangelho pelo Presbitério de Filadélfia em dezembro de 1785. Ordenado e instalado pelo Presbitério de Carlisle em maio de 1788; e partiu desta vida em 2 de julho de 1846, aos 84 anos de idade”. Para alguns detalhes e datas sobre a história da família de seu avô materno, veja-se: Luther Reily Kelker, History of Dauphin County Pennsylvania (with Genealogical Memoirs), New York: The Lewis Publishing Company, 1907, v. 3, p. 101-102 e https://pt.findagrave.com/memorial/15857028/ james-snodgrass (Consultado em 12.08.2025).

[8] Cf. William Simonton, Family History, p. 74.

[9]Na quinta-feira, dois dias após ter sido examinado para sua pública Profissão de Fé, Simonton, ao recordar o exame realizado, escreveu em seu Diário, em 3 de maio de 1855: “Quando fui examinado o Sr. Weir perguntou se eu tinha decidido quanto à minha profissão, e se estaria disposto a ser pregador, caso me convencesse de ser esse o meu dever. Meus sentimentos a esse respeito são intensos. No batismo fui consagrado a esse ministério; em toda a vida tive convicção de ser responsável pelo cumprimento dos votos de meus pais e secretamente, (pois nunca confessaria este sentimento a outros) tenho desejado que chegue o dia em que possa cumprir essa promessa”. (Vejam-se também A. G. Simonton, Diário 1852-1867, 3/6/1854; 6/5/1855; A.L. Blackford em Prefácio à obra Ashbel Green Simonton: Sermões Escolhidos, São Paulo: Cultura Cristã, 2008, p. 11 e 12).

[10] Cf. William Simonton, Family History, p. 74.

[11] Presbyterian, publicado na Filadélfia, Pensilvânia desde 1831.

[12]Suponho ser: The Presbyterian Magazine. Veja-se: Diário, 6/11/1852; 19/11/1852; 25/11/1852.

[13]Diário, 1/1/1853.

[14]Diário, 28/7/1853. Blackford diz que ele dirigiu “um colégio de instrução secundária” (A.L. Blackford em Prefácio à obra Ashbel Green Simonton: Sermões Escolhidos, p. 5).

[15]Diário, 22/19/1853. Apesar de tudo, a escola tinha um nome pomposo, “Academia Masculina de Starkville”. Diário, 30/11/1853.

[16]Diário, 30/11/1853.

[17]Diário, 25/02/1854.

[18]Diário, 25/02/1854.

[19]Diário, 30/11/1853; 22/10/1853; 11/3/1854; 15/4/1854.

[20]Diário, 6/6/1854. Compare com os registros de 30/11/1853 e 18/2/ 1854.

[21]Diário, 11/02/1854; 3/6/1854; 12/7/1854.

[22]Diário, 12/07/1854.

[23]Diário, 20/01/1855.

[24]Diário, 03/05/1855.

[25]Diário, 06/05/1855.

[26]Diário, 06/05/1855.

[27]Diário, 06/05/1855.

[28]Diário, 20/01/1856.

[29]Vejam-se: Diário, 03/06/1854; 06/05/1855.

[30]Diário, 03/05/1855.

[31]Diário, 06/05/1855.

[32]Diário, 04/09/1855.

[33]Diário, 08/09/1855. O Seminário de Princeton representou um marco decisivo na formação teológica de pastores na América do Norte, exercendo, por mais de um século, uma influência conservadora profunda e duradoura. Seu impacto estendeu-se para além das fronteiras dos Estados Unidos, contribuindo significativamente para o fortalecimento pastoral e missionário em diversas regiões do mundo.

Destaco trechos que tratam de seu propósito:

“Formar homens como ministros do Evangelho, que tenham fé sincera, e amem cordialmente, e portanto, esforcem-se por propagar e defender, em sua pureza, simplicidade, e plenitude, aquele sistema de fé e prática da religião o qual está estabelecido explicitamente na Confissão de Fé, Catecismos [de Westminster], e Sistema de Governo e Disciplina da Igreja Presbiteriana; e assim perpetuar e estender a influência da verdadeira piedade evangélica, e norma do Evangelho. (…)

É fundar um berçário de missionários para os pagãos e para aqueles que estão destituídos da sólida pregação do evangelho; no qual os jovens recebam o treinamento apropriado e, que possam lançar os fundamentos para que se tornem eminentemente qualificados para o trabalho missionário. (In: Mark A. Noll, editor and compiler, The Princeton Theology: 1812-1921, Grand Rapids, Michigan: Baker Book House, 1983, p. 56). (Par maiores detalhes sobre Princeton, veja-se: Hermisten M.P. Costa, O Seminário e a Formação de Pastores, São Paulo: Cultura Cristã; Seminário Presbiteriano Rev. José Manoel da Conceição, 2025 [E-Book]).

[34]David Gueiros Vieira, O Protestantismo, A Maçonaria e a Questão Religiosa no Brasil, Brasília, DF.: Editora Universidade de Brasília, 1980, p. 135.

[35]Diário, 14/01/1854.

[36]Diário, 14/01/1854.

[37]Diário, 31/12/1854.

[38]Diário, 20/05/1855; 04/01/1856; 08/09/1859.

[39]Diário, 08/02/1858.

[40]Charles Hodge, que fora aluno de Princeton entre 1816 e 1819 − ainda jovem e licenciado ao ministério − escreveu a seu irmão em 9 de março de 1821, demonstrando notável senso crítico e profunda sensibilidade espiritual. Na carta, relata o impacto que sentiu ao ouvir a pregação do missionário batista William Ward (1769–1823), colega de William Carey (1761–1834):

Meu caro Irmão: — Tivemos o prazer, ontem à noite, de ouvir o Sr. Ward. Se você o ouviu, sabe que ele tem pouca graça de elocução para adornar seu discurso, mas ele tem o que é muito mais importante até mesmo para um orador, um coração atento à importância do objeto pelo qual ele pleiteia. Depois de descrever as dificuldades que eles encontraram na Índia vinte anos atrás, ele nos contou como tudo em grande medida foi superado. (…)

Mas o que está acima e além de tudo é que eles deram a Bíblia a centenas de milhões [sic] em vinte e cinco idiomas diferentes. Este vai bem além de toda estimativa. Eu nunca senti a importância e a grandeza dos trabalhos missionários como na noite de ontem. (Destaques meus). (Archibald A. Hodge, The Life of Charles Hodge, New York: Charles Scribner’s Sons, 1881, p. 82).

Sobre o impacto de Princeton no despertamento de missionários, vejam-se: David B. Calhoun, Princeton Seminary: Faith & Learning – 1812-1868, Carlisle, Pennsylvania: The Banner of Truth Trust, 1996, v. 1, p. 140ss., p. 408 (Simonton é mencionado); David B. Calhoun, Princeton Seminary: The Majestic Testimony – 1869-1929, Carlisle, Pennsylvania: The Banner of Truth Trust, 1996, v. 2, p. 108.

[41] Rev. John Leighton Wilson (1809–1886). graduou-se no Seminário Teológico Columbia (fundado em 1828) em 1833. Foi Missionário na África Ocidental, 1834-1853; Secretário da Board, 1853-1861. Escreveu o livro, Western Africa: Its History, Condition, and Prospects, London: Harper & Brothers, 1856). (Veja-se: Jakob Herzog; Philip Schaff; Samuel Macauley Jackson, eds. Encyclopaedia of Living Divines and Christian Workers of All Denominations in Europe and America Being a Supplement to Schaff-Herzog, New York: Funk & Wagnalls Company, 1887-1891, v. 4, p. 239). Juntamente com outro missionário episcopal(?) e médico americano, Thomas S. Savage (1804-1880), J.L. Wilson, foi o primeiro a tornar conhecido no mundo científico, a existência do gorila. Registra em sua obra:

Mas o mais formidável de todos os animais nas florestas da África é o famoso, mas recentemente descoberto, Gorila Troglodita, chamado, na língua do Gabão, Njena . O escritor foi o primeiro a chamar a atenção dos naturalistas para este animal. Perto do final de 1846, ele acidentalmente encontrou o crânio de um, que ele soube imediatamente, por sua forma e contorno peculiares, pertencer a uma espécie não descrita. Após alguma busca, um segundo crânio foi obtido, mas de tamanho menor. Nenhuma outra parte do esqueleto pôde ser obtida por algum tempo depois. Os nativos, no entanto, pareciam estar perfeitamente familiarizados com os hábitos e o caráter do animal, deram relatos minuciosos de seu tamanho, sua ferocidade e o tipo de floresta que frequentava; eles também deram garantias confiantes de que, no devido tempo, um esqueleto perfeito seria produzido. Enquanto isso, impressões foram tiradas neste país onde as duas cabeças foram obtidas, e todas as informações que puderam ser obtidas dos nativos foram publicadas, servindo para despertar o mais vivo interesse entre Naturalistas. Desde então, esqueletos perfeitos foram levados para a Inglaterra e a França e trazidos para este país, para que os cientistas tenham conhecimento suficiente do assunto para atribuir a este animal o seu devido lugar na história natural. Pertence à família dos orangotangos, ou chimpanzés, mas é maior e muito mais poderoso do que qualquer outra espécie conhecida. O escritor viu um desses animais depois de morto. É quase impossível dar uma ideia correta, seja da hediondez de sua aparência, seja da incrível força muscular que possui. Seu rosto intensamente negro não apenas revela feições muito exageradas, mas todo o semblante é apenas uma expressão de ferocidade selvagem. Grandes globos oculares, uma crista de pelos longos que cai sobre a testa quando está zangado, uma boca de imensa capacidade, revelando uma dentição terrível, e grandes orelhas proeminentes, tudo isso o torna um dos animais mais assustadores do mundo. Não é surpreendente que os nativos tenham medo de encontrá-los, mesmo quando armados. O esqueleto de um deles, apresentado pelo escritor à Sociedade de História Natural de Boston, supostamente é Com um metro e sessenta e cinco de altura, e com sua carne, pele grossa e pelos longos e desgrenhados que o cobrem, devia ter quase um metro e vinte de largura nos ombros. Os nativos dizem que é feroz e invariavelmente luta sempre que encontra uma única pessoa. Vi um homem cuja panturrilha quase foi arrancada em um encontro com um desses monstros, e ele provavelmente teria sido despedaçado em muito pouco tempo se seus companheiros não tivessem vindo em seu socorro. Dizem que eles arrancam um mosquete das mãos de um homem e esmagam o cano entre suas mandíbulas, e não há nada, a julgar pelos músculos das mandíbulas ou pelo tamanho de seus dentes, que torne tal coisa improvável” (J.L. Wilson, Western Africa: Its History, Condition, and Prospects, London: Harper & Brothers, 1856, p. 366-367) (Vejam-se: https://www.presbyteriansofthepast.com/2024/01/25/leighton-wilsons-find-evolution/ (Consultado em 11.08.2025); Rev. James S. Dennis, Christian Missions And Social Progress: A Sociological Study of Foreing Missions, New York: Fleming H. Revell Company, 1906, v. 3, p. 434).

[41]Sobre o Rev. Wilson e sua relevância para as Missões, especialmente no Brasil, veja-se o artigo do Dr. William L. Lane, John Leighton Wilson: O “Fundador” do Presbiterianismo no Brasil publicado na Revista Teológica do Seminário Presbiteriano do Sul. (Disponível em: https://sps.br/wpress/wp-content/uploads/2023/09/Revista-Teologica-Ed-75-N1-Artigo-1.pdf) (Consultado em 11.08.2025).

[42]Já fazia algum tempo que a Junta de Missões Estrangeiras da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos mantinha os olhos voltados para o Brasil como campo promissor para a obra missionária. No entanto, o envio de Ashbel Green Simonton, aprovado pela Assembleia Geral em maio de 1859, foi feito com caráter experimental. A condição era clara: caso as circunstâncias no Brasil se mostrassem desfavoráveis ao desenvolvimento do trabalho, a Junta se reservava o direito de transferi-lo para outro campo:

“Já foi nomeado um missionário, o Rev. A.G. Simonton, membro do Presbitério de Carlisle, e há pouco diplomado pelo Seminário Teológico de Princeton. Espera embarcar para esse novo campo missionário no começo do verão. Sem dúvida a missão será um tanto experimental. Seus primeiros objetivos serão: explorar o território, verificar os meios de atingir com sucesso a mente dos naturais da terra, e testar até que ponto a legislação favorável à tolerância religiosa será mantida. Se o resultado dessas investigações for positivo – e temos plenas razões para supor que sim – a missão poderá depois ser ampliada em termos que as circunstâncias justifiquem.” (in: Boanerges Ribeiro, Protestantismo e Cultura Brasileira, São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1981, p. 18.

[43]Cf. Rev. W. Simonton, A.G. Simonton: In: Almanak Historico do O Puritano, Rio de Janeiro: Casa Editora Presbiteriana, 1902, p. 31.

[44]Júlio A. Ferreira, História da Igreja Presbiteriana do Brasil, São Paulo, Casa Editora Presbiteriana, 1959, v. 1, p. 14.

[45]Júlio A. Ferreira, História da Igreja Presbiteriana do Brasil, v. 1, p. 14.

[46]Rev. W. Simonton, A.G. Simonton: In: Almanak Historico do O Puritano, p. 31.

[47]Cf. Júlio A. Ferreira, História da Igreja Presbiteriana do Brasil, v. 1, p. 14; John C. Lowrie, “Rev. A.G. Simonton”, como apêndice I, ao Diário, p. 202. William D. Snodgrass foi um atuante ministro presbiteriano. Tendo estudado no Seminário de Princeton (1818), seria mais tarde Diretor desse Seminário (1830) e Presidente do Conselho de Curadores (1868). Entre as suas obras, destaco: Scripture Doctrine of Sanctification Stated, and Defended Against the error of Perfectionism, Philadelphia: Presbyterian Board of Publication, 1846, na qual argumenta que, embora a santificação seja uma obra progressiva e essencial na vida cristã, a ideia de perfeição moral completa nesta vida é equivocada. Critica os excessos doutrinários do perfeccionismo, especialmente entre grupos metodistas e pietistas da época.

[48]Diário, 10/10/1857.

[49]Western Theological Seminary foi fundado em 1827 pela Velha Escola, teve as suas portas abertas em 16/11/1827. (S.J. Wilson, Western Theological Seminary: In: Philip Schaff, ed. Religious Encyclopaedia: Or Dictionary of Biblical, Historical, Doutrinal, and Practical Theology, Chicago: Funk & Wagnalls, Publishers, (revised edition), 1887, v. 3, p. 2498).

[50]David Gueiros Vieira, O Protestantismo, A Maçonaria e a Questão Religiosa no Brasil, Brasília, DF.: Editora Universidade de Brasília, 1980, p. 138; Júlio A. Ferreira, História da Igreja Presbiteriana do Brasil, v. 1, p. 14.

[51] John W. Simonton, segundo irmão de A.G. Simonton, graduou-se no “College” de New Jersey em 1850, estudou Direito e, em 1881 foi eleito Juiz Presidente do Duodécimo Distrito Judicial da Pensilvânia. Cf. Philip S. Landes, Ashbel Green Simonton, p. 7.

[52] W. Simonton, A.G. Simonton: In: Almanak Historico do O Puritano, p. 31.

[53]Diário, 9/08/1859.

[54]Esta por certo, foi a viagem mais longa feita por Simonton; todavia, como vimos, em determinado período de sua vida, acostumara-se a empreender longas viagens pelo Sul dos Estados Unidos como agente do Presbyterian e de uma Revista ou mesmo, à procura de emprego como professor (Vejam-se: Diário, 06/11/1852; 9/11/1852; 18/11/1852; 19/11/1852; 25/11/1852; 12/7/1854). Porém, a pior de todas, foi curta e dolorosa: seis milhas no lombo de um “pangaré”. “Fiquei dolorido dois ou três dias por causa dessa viagem a cavalo. Preferiria ter sido rolado, ida e volta, num barril, a passar o que passei nas mãos daquele pangaré mal alimentado e mal tratado.” (Diário, 1/1/1853).

[55]Boanerges Ribeiro, Protestantismo e Cultura Brasileira, São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1981, p. 19.

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  • Cativo à Palavra

    Projeto Missionário Teológico e Pastoral. Para um coração cativo e dedicado ao Senhor.

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