Imagem e semelhança
A primeira razão é a de que todo ser humano, por ter sido criado por Deus e à sua imagem e semelhança, carrega consigo como que uma lembrança de Deus. João Calvino chama essa percepção de Deus de sensus divinitati.
O significado disso é que homens e mulheres abrigam, tanto no corpo como na alma, a assinatura inapagável do Criador. No entanto, em razão da rebeldia proveniente da queda de Adão, o homem natural voluntariamente procura sufocar essa bendita lembrança. Alguns, loucamente, negam a existência de Deus. Outros, se posicionam em favor de múltiplos deuses. E ainda outro dizem que tudo é divino, e adoram a natureza. Mas a verdade é que tudo isso é apenas uma tentativa de suprimir a realidade de Deus, patente à cada um de nós.
A beleza da criação
Em segundo lugar, os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos (Sl 19). A criação é como um livro que está sempre aberto diante dos olhos humanos e no qual em todas as páginas é lido em letras garrafais: “Deus é real”, “Deus vive”, “Deus reina”.
A natureza criada, em toda sua beleza, detalhes e ordem, é suficiente parar testificar aos homens que existe um Criador. Ao observar a lua e as estrelas ou a pétala de uma flor, o homem não é capaz de, sinceramente, atribuir a outrem senão a Deus, a sublimidade de sua obra.
A revelação especial
Mas, em terceiro lugar, Deus deixou aos homens a sua mais excelente revelação – a Bíblia Sagrada, em seus 66 livros. Em sua graça, Ele escolheu fazer-se conhecido aos homens de modo não só mais profundo, mas de modo salvador.
Essa revelação gloriosa é a Palavra de Deus. Por meio dela, aprendemos quem somos nós e quem de fato é Deus. Nela, entendemos que caímos em pecado e que nosso destino era a condenação por causa de nossa maldade contra um Deus santo. Mas também nela, lemos sobre o Filho de Deus, Jesus Cristo, que foi enviado para nos reconciliar com o Criador. Conhecendo a vida e obra de Jesus, nos arrependendo de nossos pecados e confessando a Jesus como nosso Senhor e Salvador, conhecemos a Deus salvíficamente.
Bem, espero que você assuma que não pode ser um ateu e que precisa de uma Bíblia.