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A provisão celestial – Êxodo 16.1-12 – Parte 3/3
Deus é a nossa provisão (vv.9-12)
A revelação do Maná na manhã seguinte é um testemunho da fidelidade de Deus em cumprir suas promessas. Os israelitas, quando se levantaram na manhã seguinte, puderam presenciar um campo tomado de Maná. Isso nos mostra que Deus não apenas supriu suas necessidades, mas fez isso de uma forma inegável e milagrosa. Portanto, é preciso reconhecer o Deus provedor que tem cuidado de nós.
Sempre que Ele cuida de nossas necessidades ou nos poupa de um perigo, sempre que Ele nos capacita para o arrependimento dos nossos pecados ou para a fé em suas promessas, sempre que Ele opera as coisas de modo que parecia ser impossível, reconhecemos um pouco mais da sua glória. Ou pelo menos deveríamos. (Ryken, Estudos Expositivos em Êxodo, p. 445).
Queridos, “se não estivermos dando glória a Deus após tudo o que Ele tem feito por nós, o que mais será necessário?”[1] Sendo assim, só nos resta adorá-Lo e depender do Deus provedor.
O Maná aponta para Cristo
Essa terceira lição nos aponta agora para Cristo. O povo, no meio do deserto e sem comida, morreria, mas Deus os salvou por meio do Maná. Contudo, muito mais do que isso, o Maná apontava para algo superior, para uma salvação definitiva. O Maná apontava para Cristo, e é o próprio Cristo que faz essa relação. Vejamos João 6:30 ao 40.
Meus irmãos, a multidão queria um sinal de Cristo, assim como aconteceu com o povo no deserto. Porém, Cristo disse: Eu sou o Pão, e na sequência Ele mostra: Eu sou o Pão da vida, o que vem a mim, jamais terá fome. Dessa forma, irmãos, quando o Maná desceu do céu, foi para a salvação do povo, uma salvação física.
No entanto, aquele Maná apontava para o verdadeiro e melhor Maná que Deus pudesse enviar, que era Cristo Jesus. O próprio Pão do céu para alimentar as almas de seres humanos, no qual aquele que tem acesso a Jesus Cristo jamais terá fome.
Cristo e o Maná
Diante disso, Cristo tem três características comuns com o Maná:
- A mesma origem – Os céus. O Maná e Cristo vieram do Pai Eterno;
- A mesma singularidade – No texto bíblico você não encontrará outro Maná, assim como Cristo; não houve outro Salvador, nem antes nem depois de Cristo;
- A mesma suficiência – Com o Maná o povo estava alimentado, com Cristo temos a salvação eterna.
Por fim, temos uma diferença:
Jesus é eficaz – o povo comia do Maná, mas todos os dias eles precisavam repetir; com Jesus, temos acesso uma vez e Ele nos salva para sempre. Ele é o pão que dá a vida. Portanto, irmãos, o Maná nos aponta para Cristo; nossa salvação eterna é o sustento diário.
Concluindo então, podemos compreender que viajar cansa, e quando você percebe que a nossa vida é uma espécie de viagem, uma jornada, consequentemente, você já deve ter tido a experiência de que viver também cansa. Viver é difícil, e estamos numa jornada, numa viagem caracterizada pela alegria, pela angústia, pela busca da sombra, pela saudade.
Diante disso, quão perdidos estaremos se não tivermos Deus conosco, cuidando de nós? Somente com Deus poderemos seguir nessa longa estrada da vida, que para alguns está entre os 30, 40, 60, 80 anos de jornada e para outros uma jornada eterna, na qual os filhos do Deus vivo aguardam ansiosamente, conforme o texto de Apocalipse 21:1 ao 8.
Somente em Deus podemos vencer essa grande jornada. Diante disso, paremos de confiar em nossos recursos, em nossa condição intelectual, de homens, mas unicamente em Deus e em sua salvação em Cristo Jesus, o nosso eterno alimento. Amém.
[1] Ryken, Philip Graham – Estudos expositivos em Êxodo / Philip Graham Ryken; traduzido por Markus Hediger. – São Paulo: Cultura Cristã, 2022. 1ª Edição.