“Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados, com toda a humildade….” (Ef 4.1-2).
Em Cristo a humildade tornou-se uma virtude.[1] Portanto, temos como modelo do nosso procedimento o próprio Senhor Jesus Cristo, que diz: “Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei[2] de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma” (Mt 11.29).
Ele se humilhou assumindo a forma de servo. Ele mesmo nos convida a aprender dele. Paulo, seguindo a orientação de Cristo, considerando o fato de que nosso Senhor, na encarnação, ter se esvaziado da manifestação de Sua glória eterna,[3] desafia-nos a ter este mesmo sentimento de humilde obediência:
Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, 6pois ele, subsistindo em forma[4] de Deus, não julgou como usurpação o ser igual[5] a Deus; 7antes, a si mesmo se esvaziou,[6] assumindo a forma[7] de servo, tornando-se em semelhança[8] de homens; e, reconhecido em figura humana, 8 a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz. (Fp 2.5-8).[9]
Aqui não há nenhum docetismo. Jesus Cristo não é apenas um ser celestial com aparência exterior humana, antes, é verdadeira e plenamente humano, porém, sem pecado.[10] (Vejam-se também: Jo 1.18; Cl 1.13-22; Hb 1 e 2; 4.4-5.10; 7.1-10.18; 1Jo 1.1-2.2).
Jesus Cristo encarnado é tão essencialmente Deus como essencialmente homem. Ele não pode deixar de ser Deus e, após a encarnação, não deixará de ser essencialmente homem (Mt 26.64; Jo 3.13; At 7.56)
Owen (1616-1683) escreveu:
Quando Ele tomou sobre Si a forma de um servo em nossa natureza, Ele se tornou aquilo que nunca havia sido antes,[11] mas não deixou de ser aquilo que sempre tinha sido em Sua natureza divina. Ele, que é Deus, não pode deixar de ser Deus. A glória da Sua natureza divina estava velada,[12] de forma que aqueles que O viram não acreditaram que Ele era Deus.[13]
Deus não pode deixar de ser o Deus glorioso. Na encarnação Ele ocultou externamente a sua glória aos olhos dos homens.[14]
Noutro lugar Paulo desafia-nos a nos revestir deste sentimento: “Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade” (Cl 3.12/1Pe 5.5).
A humildade e o nosso senso de criatura
A humildade começa por uma postura correta diante de Deus e de sua Palavra.[15] O nosso louco senso de autossuficiência tende, ainda que residualmente, a sobreviver em nós. Por isso, muitas vezes Deus nos disciplina a fim de evidenciar a nossa pequenez e total carência Dele.[16]
Portanto, um dos pontos fundamentais da humildade que todos devemos ter, é a consciência de que todos somos dependentes de Deus; todos somos necessitados da misericórdia de Deus, quer sejamos ricos quer pobres, cultos ou não. Todos passaremos por este estado de existência e todos os crentes em Cristo serão transformados em glória.
Tiago faz um jogo de palavras para realçar este ponto:
O irmão, porém, de condição humilde glorie-se na sua dignidade, e o rico, na sua insignificância, porque ele passará como a flor da erva. Porque o sol se levanta com seu ardente calor, e a erva seca, e a sua flor cai, e desaparece a formosura do seu aspecto; assim também se murchará o rico em seus caminhos. (Tg 1.9-11).
Calvino comenta:
Ninguém possui coisa alguma, em seus próprios recursos, que o faça superior; portanto, quem quer que se ponha num nível mais elevado não passa de imbecil e impertinente. A genuína base da humildade cristã consiste, de um lado, em não ser presumido, porque sabemos que nada possuímos de bom em nós mesmos; e, de outro, se Deus implantou algum bem em nós, que o mesmo seja, por esta razão, totalmente debitado à conta da divina graça.[17]
A verdadeira humildade é o desprezo sincero do nosso próprio coração, um autodesprezo procedente de uma real percepção da nossa miséria e pobreza, pelo que o nosso coração se abate.[18]
A humildade está associada ao senso de ser criatura diante do Senhor da Glória.[19]
Quando suplicamos pelo perdão de nossas dívidas, conforme o Senhor nos ensinou a orar, Ele indicou a nossa total incapacidade de pagar-lhe: somos total e irreversivelmente devedores. Portanto, a nossa postura é de humildade diante de Deus, o Senhor que tudo nos dá e perdoa todas as nossas dívidas, porque Ele mesmo providenciou o pagamento por intermédio de seu único e Amado Filho.
“Somos devedores de Deus. Não lhe devemos algo, nem pouco nem muito senão pura e simplesmente tudo: nossa pessoa em sua totalidade, a nós mesmos como criatura que somos, sustentadas e nutridas por sua bondade”, conclui K. Barth (1886-1968).[20]
O perdão de Deus mostra a nossa necessidade de sua misericórdia e a nossa total incapacidade de atingir o padrão de Deus, por isso, só nos resta suplicar humildemente: “perdoa as nossas dívidas” e, mais humildemente ainda, recebermos o perdão, prosseguindo em nossa caminhada, com plena consciência de que tudo que temos é pela graça de Deus.
Lutero (1483-1546), comentando o Pai Nosso, diz:
Isso, porém, deve servir a que Deus nos quebre o orgulho e nos mantenha na humildade. Pois reservou para si a prerrogativa de que, se alguém quiser jactar-se de sua probidade e menosprezar outros, examine-se a si mesmo e ponha diante dos olhos essa petição: verá então que sua probidade é igual à dos outros. Diante de Deus todos temos de baixar o topete e estar contentes de que alcançamos o perdão. E ninguém pense que na presente vida vai chegar ao ponto de não precisar desse perdão. Em suma: se Deus não perdoa continuamente, estamos perdidos.[21]
A Palavra nos diz que Deus resiste aos soberbos, mas consola os humildes, concedendo-lhes a sua graça. Paulo relatando as suas angústias enquanto Tito não chegava com notícias dos tessalonicenses, testemunha: “…Deus, que conforta os abatidos, nos consolou” (2Co 7.6).
Pedro, apresentando preceitos gerais às igrejas da Dispersão, escreve:
Rogo igualmente aos jovens: sede submissos aos que são mais velhos; outrossim, no trato de uns com os outros, cingi-vos todos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, contudo, aos humildes concede a sua graça. Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que ele, em tempo oportuno, vos exalte” (1Pe 5.5-6).
Do mesmo modo Tiago: “Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes” (Tg 4.6).
A arrogância precede à queda. O que se exalta será humilhado; o que se humilha será exaltado. Jesus Cristo mesmo ensina: “Quem a si mesmo se exaltar será humilhado e quem a si mesmo se humilhar será exaltado” (Mt 23.12) (Ver: Pv.29.23).
Um desafio para todos nós, é aprender a viver em toda e qualquer situação: em fartura e carência, em honra e humilhação. Paulo escreveu aos filipenses compartilhando o seu aprendizado, revelando o poder que não provém de homem algum; por isso, por entre as grades da prisão romana, encontramos o seu brado de vitória, amparado no poder fortalecedor de Deus:
Aprendi[22] a viver contente[23] a viver contente em toda e qualquer situação. Tanto sei estar humilhado, como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias já tenho experiência, tanto de fartura como de fome; assim de abundância, como de escassez; tudo posso naquele que me fortalece (Fp 4.11-13).
Quanto ao mais, não tenhamos pretensão à grandeza e honraria, humilhemo-nos diante de Deus, e Ele mesmo, conforme a Sua sábia e soberana vontade, nos exaltará. Neste sentido Tiago nos instrui: “Humilhai-vos na presença do Senhor, e ele vos exaltará” (Tg 4.10/1Pe 5.6).
Não sejamos pródigos em reivindicar nossos direitos, mas estejamos prontos a cumprir nossos deveres; não tenhamos de nós mesmos uma imagem artificialmente grandiosa, sejamos realistas em nossa dependência de Deus. O caminho para tudo isso é o da modéstia e submissão a Deus. É Ele mesmo, o Deus encarnado quem nos ensina a negar-nos a nós mesmos, aos nossos interesses e reivindicações, seguindo-O: “Então, disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me” (Mt 16.24).
Calvino, fala-nos pastoralmente:
A negação de nós mesmos, que tem sido diligentemente ordenada por Cristo aos seus apóstolos desde o princípio, terminará dominando os desejos de nossos corações.
Esta negação de nós mesmos não deixará lugar para o orgulho, a arrogância, a vanglória, a avareza, a licenciosidade, o amor à luxúria, ao luxo, ou qualquer outra coisa nascida do amor ao “Eu”.[24]
Na Carta aos filipenses, Paulo dá um tom escatológico à palavra humildade, dizendo que o nosso corpo terreno em sua condição humilde – terrena e perecível –, será na eternidade glorificado para sermos conforme o modelo de Cristo: “…. a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória, segundo a eficácia do poder que ele tem de até subordinar a si todas as coisas” (Fp 3.20-21).
Num editorial da Imprensa Evangélica, provavelmente escrito por Ashbel G. Simonton (1833-1867) em 1865, lemos:
Quando acordarmos em sua perfeita semelhança seremos satisfeitos com o Seu eterno amor. Quando Ele se fez homem, foi feito semelhante a nós exceto o pecado. Quando nós chegarmos a vê-lo sem nosso pecado, “seremos semelhantes a Ele; porquanto nós outros o veremos bem como Ele é” (1Jo 3.2).[25]
Considerações pontuais
- O caminho da humildade passa necessariamente pelo reconhecimento de nosso pecado e confissão sincera diante de Deus.
- A humildade cristã deve ser aprendida de Cristo, o Senhor da glória que, por nós, se humilhou até à morte, e morte de cruz.
- Não devemos ter pretensão a honrarias ou reconhecimentos. Tudo que somos e temos é proveniente da graça de Deus.
- Os nossos atos não devem ser direcionados para nos exaltar nem para humilhar o nosso próximo, antes, devem ter como elemento motivador, a glória de Deus.
- Cultivemos a humildade de saber aprender com todos. Apolo, mesmo sendo um homem eloquente e culto, soube aprender com Priscila e Áquila de forma mais completa e exata a respeito do caminho de Deus (At 18.24-26).[26] Calvino escreveu com propriedade:Nenhum homem será sempre um bom mestre se não revelar-se pessoalmente educável e sempre disposto a aprender; e ninguém satisfará àquele que se acha por demais imbuído da plenitude e lucidez de seu conhecimento, que crê que nada lucraria ouvindo a outrem.[27]
- Não estejamos tão prontos para defender a nossa honra e dignidade, contudo, zelemos pela honra do nome de Deus.
- A nossa humilde confiança em Deus é precedida pela honra que somente Deus por sua graça, em Cristo, pode nos outorgar.
[1]Cf. Francis Foulkes, Efésios: introdução e comentário, São Paulo: Mundo Cristão/Vida Nova, (1979), (Ef 4.2), p. 90.
[2]Este aprendizado denota uma total entrega ao seu Mestre, permanecendo totalmente receptivo aos seus ensinamentos.
[3] “Não estou dizendo que Ele pôs de lado a Sua Deidade, porque Ele não fez isso. O que Ele pôs de lado foi a glória da Sua deidade. Ele não deixou de ser Deus, mas deixou de manifestar a glória de Deus” (D.M Lloyd-Jones, Salvos desde a Eternidade, São Paulo: Publicações Evangélicas Selecionadas, 2005 (Certeza Espiritual: v. 1), p. 75).
[4]A palavra grega morfh/ (Mc 16.12; Fp 2,6,7) não indica algo externo (forma) em contraste com a essência interna. A aparência externa é a expressão visível, sensível, da sua natureza interna. Não há antítese. Portanto, a natureza essencial de Cristo era divina. A sua forma externa corresponde àquilo que Ele é em sua essência. (Vejam-se: G. Braumann, Forma: In: Colin Brown, ed. ger. O Novo Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, São Paulo: Vida Nova, 1981-1983, v. 2, p. 278-281; W. Pöhlmann, Morfh/: In: Horst Balz; G. Schneider, eds. Exegetical Dictionary of the New Testament, Grand Rapids, MI.: Eerdmans, 1999 (Reprinted), v. 2, p. 442-443; J. Behm, Morfh/: In: G. Kittel; G. Friedrich, eds. Theological Dictionary of the New Testament, Grand Rapids, Michigan: Eerdmans, 1982 (Reprinted), v. 4, p. 742-752 (especialmente); R.P. Martin, Filipenses: Introdução e Comentário, São Paulo: Mundo Cristã; Vida Nova, 1985, p. 107-109 (O autor faz uma breve revisão das interpretações mais significativas); João Calvino, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, São José dos Campos, SP.: Fiel, 2010, p. 407-408 (em especial); Bruce Ware, Cristo Jesus: Reflexões teológicas sobre a humanidade de Cristo, São José dos Campos, SP.: Fiel, 2013, p. 25-30 (em especial). Hendriksen, preciso como sempre, conclui: “O que Paulo está dizendo […] é que Cristo Jesus sempre foi (e continuará sempre sendo) Deus por natureza, a expressa imagem da Deidade. O caráter específico da Divindade, segundo se manifesta em todos os atributos divinos, foi e é a sua eternidade. Cf. Cl 1.15,17 (também Jo 1.1; 8.58; 17.24)” (W. Hendriksen, Exposição de Filipenses, São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1992, p. 139).
[5]A palavra denota uma igualdade qualitativa e quantitativa de tamanho, numérica, de valor ou força, sendo aplicada a quantias iguais, extensões de tempo, partes, pedaços, etc. (Veja-se: G. Stählin, i)/soj: In: G. Kittel, ed. Theological Dictionary of the New Testament, Grand Rapids, Michigan: Eerdmans, 1982 (Reprinted), v. 3, p. 343-355). No NT. apresenta a ideia de consistência/coerência (Mc 14.56,59); igual/igualar (Mt 20.12; Jo 5.18; Ap 21.16); outro tanto (Lc 6.34); mesmo (At 11.17). O texto de Filipenses aponta para a preexistência do verbo e a sua igualdade com o Pai. Ou seja: Ele é eternamente Deus.
[6]Vejam-se: Colin Brown, et. al. Vazio: In: Colin Brown, ed. ger. O Novo Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, São Paulo: Vida Nova, 1981-1983, v. 4, p. 690-692; A. Oepke, keno/j: In: G. Kittel, ed., Theological Dictionary of the New Testament, Grand Rapids, Michigan: Eerdmans, 1982 (Reprinted), v. 3, p. 661-662 (especialmente); F. Turretini, Compêndio de Teologia Apologética, São Paulo: Cultura Cristã, 2011, v. 1, p. 381-382.
[7] Da mesma forma, a natureza essencial de Cristo tornou-se humana, na forma de servo.
[8] *Rm 1.23; 5.14; 6.5; 8.3; Fp 2.7; Ap 9.7. Uma palavra rara que significa “aquilo que é semelhante”, “cópia”. Para uma visão paralela destes textos, vejam-se: E. Beyreuther, et. al., Semelhante: In: Colin Brown, ed. ger. O Novo Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, v. 4, p. 410-411 (em especial); J. Schneider, o(/moioj: In: G. Kittel; G. Friedrich, eds. Theological Dictionary of the New Testament, Grand Rapids, Michigan: Eerdmans, 1982 (Reprinted), v. 5, p. 192-198; T. Holtz, o(moi/wsij: In: Horst Balz; G. Schneider, eds. Exegetical Dictionary of the New Testament, Grand Rapids, MI.: Eerdmans, 1999 (Reprinted), v. 2, p. 512-513.
[9]Veja-se: B.B. Warfield, The Person of Christ. In: B.B. Warfield, The Works of Benjamin B. Warfield, Grand Rapids, MI.: Baker Book House, 2000 (Reprinted), v. 9. p. 176ss.
[10]Veja-se: J. Schneider, o(/moioj: In: G. Kittel; G. Friedrich, eds. Theological Dictionary of the New Testament, Grand Rapids, Michigan: Eerdmans, 1982 (Reprinted), v. 5, p. 196.
[11]Ver também: William Hendriksen, O Evangelho de João, São Paulo: Cultura Cristã, 2004, (Jo 1.14), p. 118. “O estudo de eras remotas e longínquas nos leva a um ponto em que nada existia. Alguém teve a honra de ser o primeiro, o que sempre existiu. Ele nunca veio a ser, nunca se desenvolveu. Ele simplesmente era. A quem pertence essa glória absoluta e singular? A resposta é Cristo, a pessoa que o mundo conhece como Jesus de Nazaré” (John Piper, Um homem chamado Jesus Cristo, São Paulo: Vida, 2005, p. 25-26).
[12] “A majestade de Deus não foi aniquilada, ainda que estivesse circunscrita pela carne. Ela ficou, de fato, oculta pela vil condição da carne, mas de modo a não impedir a manifestação de sua glória” (João Calvino, O evangelho segundo João, São José dos Campos, SP.: Editora Fiel, 2015, v. 1, (Jo 1.14), p. 51). “Não estou dizendo que Ele pôs de lado a Sua Deidade, porque Ele não fez isso. O que Ele pôs de lado foi a glória da Sua deidade. Ele não deixou de ser Deus, mas deixou de manifestar a glória de Deus” (D.M Lloyd-Jones, Salvos desde a Eternidade, São Paulo: Publicações Evangélicas Selecionadas, 2005 (Certeza Espiritual: v. 1), p. 75).
[13]John Owen, A Glória de Cristo, São Paulo: Publicações Evangélicas Selecionadas, 1989, p. 30. Sproul escreveu de forma sensivelmente bíblica: “Sua humanidade lhe serviu de véu, ocultando o esplendor de sua deidade. Mas houve momentos quando assim mesmo sua glória resplandecia. Era como se o vaso de sua natureza humana não tivesse suficiente força para esconder sempre esta glória” (R.C. Sproul, A Glória de Cristo, São Paulo: Cultura Cristã, 1997, p. 9). Veja-se: Wayne A. Grudem, Teologia Sistemática, São Paulo: Vida Nova, 1999, p. 465. Encontramos duas boas ilustrações, obviamente limitadas, porém, instrutivas, apresentadas em Bruce Ware, Cristo Jesus: Reflexões teológicas sobre a humanidade de Cristo, São José dos Campos, SP.: Fiel, 2013, p. 29-35.
[14]Veja-se: F. Turretini, Compêndio de Teologia Apologética, São Paulo: Cultura Cristã, 2011, v. 1, p. 383-384.
[15] Veja-se: Jerry Bridges, A Vida Frutífera, São Paulo: Cultura Cristã, 2010, p. 40,41,45.
[16][16] Veja-se: João Calvino, Exposição de 2 Coríntios, São Paulo: Paracletos, 1995, (2Co 1.9), p. 23.
[17] João Calvino, Exposição de 1 Coríntios, São Paulo: Paracletos, 1996, (1Co 4.7), p. 134-135.
[18]João Calvino, As Institutas da Religião Cristã: edição especial com notas para estudo e pesquisa, São Paulo: Cultura Cristã, 2006, v. 2, (II.6), p. 201.
[19]Cf. Richard C. Trench, Synonyms of the New Testament, 7. ed. revised and enlarged, London: Macmillan and Co., 1871, § xlii, p. 142. Ver: William Barclay, El Nuevo Testamento Comentado, Buenos Aires: La Aurora, 1973, (Mateo I), v. 1, (Mt 5.5), p. 106.
[20] K. Barth, La Oración, Buenos Aires: La Aurora, 1968, p. 75.
[21]Martinho Lutero, Catecismo Maior: In: Os Catecismos, São Leopoldo; Porto Alegre, RS.: Concórdia; Sinodal, 1983, §§ 90-91, p. 469.
[22]Paulo usa o verbo aqui no aoristo indicativo ativo, referindo-se a um aprendizado já consumado. Ele já passou pelo processo.
[23] A palavra denota a suficiência própria de quem já aprendeu a viver com contentamento com os seus próprios e parcos recursos. Paulo sabia que a sua suficiência vinha de Deus: “Deus pode fazer-vos abundar em toda graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, ampla suficiência, superabundeis em toda boa obra” (2Co 9.8).
[24]João Calvino, A Verdadeira Vida Cristã, p. 31.
[25] Imprensa Evangélica, 17/06/1865, p. 3.
[26] “24 Nesse meio tempo, chegou a Éfeso um judeu, natural de Alexandria, chamado Apolo, homem eloquente e poderoso nas Escrituras. 25 Era ele instruído no caminho do Senhor; e, sendo fervoroso de espírito, falava e ensinava com precisão a respeito de Jesus, conhecendo apenas o batismo de João. 26 Ele, pois, começou a falar ousadamente na sinagoga. Ouvindo-o, porém, Priscila e Áquila, tomaram-no consigo e, com mais exatidão (= acuradamente, estritamente), lhe expuseram o caminho de Deus” (At 18.24-26).
[27]J. Calvino, Exposição de 1 Coríntios, São Paulo: Edições Paracletos, 1996, (1Co 14.31), p. 433.