O Senhor e Pastor que abençoa os seus servos – parte II

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arrependimento

Fé perseverante

“No tocante a mim, confio na tua graça; regozije-se o meu coração na tua salvação” (Sl 13.5).

Um elemento fundamental à fé é a oração. A oração é um imprescindível exercício de nossa fé e esperança.[1]

O verso 3 retrata a grande transição na vida do salmista. Ele clamou a Deus, o seu Deus.

Na oração, encontramos o descortinar das promessas de Deus tão bem registradas em sua Palavra, mas, que às vezes, para nós, homens e mulheres do século XXI, ficam esquecidas ou, não nos soam como verdades objetivas em nossos desafios contemporâneos.

Por vezes há a nítida sensação de que o culto a Deus é um mundo à parte, um faz-de-conta agradável e enternecedor, mas, que nós, precisamos em seguida despertar do sonho para voltarmos à nossa vida cotidiana com suas lutas, prioridades e valores que, por sinal, são bastante distantes daqueles que cultivamos durante o momento de “adoração”.

A sensibilidade espiritual de Davi, no entanto, não servia de pretexto para o esmorecimento de sua fé, antes ele declara: “No tocante a mim, confio na Tua graça (Heisedh)[2]….” (5).

Por vezes, as aflições presentes em sua aparente onipresença e perenidade, podem se tornar mais fortes do que a nossa capacidade de esperar com perseverança para além delas.

Calvino comenta:

Seguindo esse exemplo, devemos então contender contra as tentações, protegidos pela certeza de fé, mesmo submersos no mais emaranhado dos conflitos [cotidianos], confessando que as calamidades que nos induzem ao desespero têm de ser vencidas; justamente como vemos que a fraqueza da carne não podia impedir Davi de recorrer a Deus e de encontrar nele seus recursos.[3]

Davi reconhece que a sua confiança não está depositada em homens ou nos seus méritos, antes, na graça de Deus. É somente pela fé que podemos visualizar e nos apropriar da graça de Deus que nos consola e sustenta.

A questão é: como perseverar em meio às aflições? O caminho está em depositar a nossa fé unicamente na promessa de Deus.

Nós não precisamos de nada além da Palavra de Deus. “A fé que precisa de mais do que a simples Palavra de Deus em mandamento e promessa, chega a ser tentação do próprio Deus”, enfatiza Bonhoeffer.[4]

Crer e continuar crendo

Um grande desafio para nós é crer na Palavra e continuar crendo quando as promessas de Deus parecem, diante de nossos olhos incrédulos, ter falhado; quando o nosso contexto parecer indicar que a “justiça” de Deus nos conduz ao fracasso e os nossos meios são mais eficazes.

Esperar na Palavra significa permanecer confiantes apesar das adversidades e da condução que o mundo dá às nossas inquietações, apresentando soluções aparentemente finais para os nossos problemas.

Encontramos o testemunho do salmista referente a estas experiências:

 Alegraram-se os que te temem quando me viram, porque na Tua Palavra tenho esperado. (Sl 119.74).

Desfalece-me a alma, aguardando a tua salvação; porém espero na tua palavra. (Sl 119.81).

Tu és o meu refúgio e o meu escudo; na tua palavra espero. (Sl 119.114).

Alegria esperançosa

Davi, por crer em Deus faz a sua súplica ao Senhor (Yehovah), Deus meu! (‘elohiym) (3): “Atenta…. responde-me…. ilumina-me” (Sl 13.3).

Como resultado parcial da resposta de Deus, ele pôde vislumbrar alegremente a sua salvação: “Regozije-se o meu coração na tua salvação” (5).

O curioso é que o salmista além de olhar para o futuro, não perde o contato com a realidade presente, enxergando que apesar de todas as suas dificuldades, Deus lhe tem feito muito bem (Sl 13.6).

Olhos iluminados

No verso 3, ele pede a Deus: “…. Ilumina-me (‘ôr) os olhos….”.Iluminar os olhos, no idioma hebraico, significa o mesmo que soprar o fôlego de vida, porquanto o vigor de vida transparece principalmente nos olhos”, interpreta Calvino.[5]

Analisando de outra perspectiva, muitas vezes o que de fato necessitamos é ter os olhos iluminados para poder enxergar a situação com mais clareza. Aqui o salmista pede a Deus que ilumine os seus olhos para que ele, tomando alento, possa ver as coisas com maior discernimento, já que no momento a realidade parecia-lhe extremamente aflitiva e tenebrosa.

Notemos que somente Deus, por sua graça, pode iluminar os nossos olhos para que vejamos os seus feitos em nossa vida e assim, nos alegremos na esperança (Rm 12.12).

Calvino comenta:

É possível que não vivamos totalmente livres do sofrimento, não obstante é necessário que essa fé regozijante se erga acima dele e nossa boca se abra em cântico por conta da alegria que está reservada para nós no futuro, embora ainda não seja experimentada por nós.[6]

Tendo os olhos iluminados, conforme pediu a Deus, pôde ver com mais clareza as bênçãos de Deus; por isso diz: “[Deus] me tem feito muito bem (gâmal)[7] (Sl 13.6).

Alegria e louvor

Assim, assume o compromisso: “Cantarei ao Senhor” (Sl 13.6). A alegria do salmista se manifesta em cântico.

Aqui o cantar não é uma simples terapia, antes, a expressão de uma alma confiante e agradecida. Portanto, seguindo a linha de Agostinho e Calvino, é que para nós Reformados o quê cantamos assume a preponderância em nosso louvor. Devemos fazer com sinceridade, integridade de coração, expressando o que aprendemos biblicamente e, que, pelo Espírito, faz parte de nossa fé. “Nosso louvor só pode ser aprovado por Deus se o mesmo repousar sobre a pura verdade”, instrui Calvino.[8]

Nesta mesma tradição litúrgica, acentua Lloyd-Jones (1899-1981):

Sempre nos compete lembrar-nos de que não devemos concentrar-nos só em cantar a melodia. No momento em que fazemos isso, já nos afastamos da instrução do apóstolo. As palavras vêm em primeiro lugar – elas são mais importantes que a melodia. Naturalmente, as palavras e a melodia devem vir juntas, consorciadas e fundidas para darem expressão ao nosso louvor. Mas não há nada que seja tão fatal como entoar a melodia somente, sem dar atenção às palavras.[9]

Davi ainda não pode enxergar completamente o livramento futuro, no entanto, pelos olhos da fé a sua salvação já está presente.[10] Ele confia em Deus. Por isso o louva firmado na fé que vê o invisível; experiencia o que descreve o livro de Hebreus: “Ora, a fé é a certeza de cousas que se esperam, a convicção de fatos que se não veem” (Hb 11.1).

Aqui ele pode dizer como no salmo 116: “Volta, minha alma ao teu sossego, pois o Senhor tem sido generoso (gâmal) para contigo” (Sl 116.7).

Deste modo o nosso louvor é um testemunho de nossa confiança no cuidado providente de Deus. Este discernimento só é possível por intermédio da Palavra. Uma esperança fundamentada simplesmente em otimismos resultantes de um “pensar positivo” pode, quando muito, dar uma sensação momentânea de alívio, contudo, não muda a realidade dos fatos e, também, não produz em nós uma fé vigorosa proveniente da Palavra.

Deus, no entanto, nos convida a um exame de sua Palavra. Nela temos os seus ensinamentos e promessas que, de fato, podem iluminar os nossos olhos, apontando e nos capacitando a seguir o seu caminho.

A Palavra dá discernimento aos simples

A Palavra de Deus nos dá discernimento com clareza: “A revelação das tuas palavras esclarece (‘ôr) e dá entendimento (bîyn)[11] aos simples (pethiy) (tolo, “mente aberta”, imaturo) (Sl 119.130).

A Palavra nos conduz à maturidade, ao discernimento para que não mais tenhamos uma “mente aberta”, em que tudo passe sem fronteira, sendo suscetível a todo tipo de sedução e engano.[12] Deus deseja que exercitemos o senso crítico (Pv 1.4; 14.15) deixando a paixão pela “necedade” (Pv 1.22).[13]

MacArthur, Jr. faz uma sugestiva aplicação:

Um indivíduo simples é como uma porta aberta ‒ ele não tem discernimento sobre o que pode sair ou entrar. Tudo entra porque ele é ignorante, inexperiente, ingênuo e não sabe discernir as coisas. Pode ser até que tenha orgulho de ter uma ‘mente aberta’, apesar de ser verdadeiramente um tolo. Mas a Palavra de Deus faz com que essa pessoa seja ‘sábia’. (…) Ser sábio é dominar a arte do viver diário por intermédio do conhecimento da Palavra de Deus e sabendo aplicá-la em toda situação.[14]

Em outro contexto, o Salmista Davi, após se ver livre de seus inimigos, rende graças a Deus considerando as suas bênçãos:

20 Retribuiu-me (gâmal) o SENHOR, segundo a minha justiça, recompensou-me conforme a pureza das minhas mãos.  21Pois tenho guardado os caminhos do SENHOR e não me apartei perversamente do meu Deus.  22Porque todos os seus juízos me estão presentes, e não afastei de mim os seus preceitos.  23 Também fui íntegro para com ele e me guardei da iniquidade.  24 Daí retribuir-me o SENHOR, segundo a minha justiça, conforme a pureza das minhas mãos, na sua presença. (Sl 18.20-24).

Palavra iluminadora

Em outro salmo, o salmista reconhece o caráter esclarecedor e diretivo da Palavra: “Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e, luz (‘ôr) para os meus caminhos” (Sl 119.105).[15]

Somente a Palavra de Deus pode transmitir a alegria real e duradoura ao nosso coração. Ela dispersa as nuvens de incertezas e contradições de uma sociedade pervertida, nos mostrando os verdadeiros valores.

O Salmo que começa com perguntas angustiantes e dolorosas, fruto de uma alma perturbada que se revira dentro de si mesma num angustiante exercício intelectual e emocional (2),[16] termina com um cântico de certeza de fé e alegria radiante.

Aparentemente a sua situação objetiva não mudou; as ameaças ainda existiam. Contudo, ele obteve outra perspectiva a partir de sua comunhão com Deus, por isso, se alegra na esperança. Vivendo entre a experiência passada e a esperança futura, ele antecipa o futuro dando graças a Deus. A visão antecipada da manifestação da graça é graça. “A misericórdia de Deus é o sustento da fé do salmista”.[17]

O nosso soberano Pastor, ilumina os nossos olhos para que possamos enxergar de forma agradecida e confiante aspectos de suas bênçãos em nossa vida.

[1]Veja-se: João Calvino, Efésios, São Paulo: Edições Paracletos, 1998, (Ef 6.18), p. 195.

[2]Conforme já tratamos, a palavra pode ser traduzida por “bondade”, “graça”, “benevolência”, “benignidade”, “clemência”, “beneficência”, “humanidade” (ARA. 2Sm 2.5), “fidelidade” (ARA. 2Sm 16.17) e “misericórdia”.

[3]João Calvino, O Livro de Salmos, São Paulo: Paracletos, 1999, v. 1, (Sl 13.1), p. 262-263.

[4]D. Bonhoeffer, Tentação, Porto Alegre, RS.: Editora Metrópole, 1968, p. 52.

[5] João Calvino, O Livro de Salmos, v. 1, (Sl 13.3), p. 265. O abatimento evidencia-se nos olhos (Sl 6.7; 38.10). Há uma passagem reveladora sobre este ponto: O exército de Saul perseguia aos filisteus e Saul conjurou o povo a nada comer enquanto ele não se vingasse dos seus inimigos: os seus homens estão com fome; Jônatas que não ouvira a ordem de seu pai, quando passando pelo bosque viu mel, tomou e bebeu. Assim diz as Escrituras: “…. estendeu a ponta da vara que tinha na mão, e a molhou no favo de mel; e, levando a mão à boca, tornaram a brilhar (‘ôr) os seus olhos” (1Sm 14.27) (Veja-se: Pv 29.13). Também, podendo significar o estar doente: “Tinha Moisés a idade de cento e vinte anos quando morreu; não se lhe escureceram os olhos, nem se lhe abateu o vigor” (Dt 34.7).

[6] J. Calvino, O Livro de Salmos, v. 1, (Sl 13.6), p. 268.

[7](gâmal) significa os benefícios provenientes da graça de Deus (Cf. João Calvino, O Livro de Salmos, v. 1 (Sl 13.6), p. 268). Veja-se também: Albert Barnes, Notes on the Old Testament, 11. ed. Grand Rapids, Michigan: Baker, 1973, v. 1, p. 112). Quando a palavra é empregada para Deus denota os seus atos de justiça para com os ímpios ou os seus atos de misericórdia para com os filhos da Aliança. Quanto aos atos humanos, dependerá sempre do contexto para identificar a ação como boa ou má. A palavra tem também o sentido de retribuir: “Não nos trata segundo os nossos pecados, nem nos retribui (lmg)(gâmal) consoante as nossas iniquidades” (Sl 103.10/Sl 18.20). Generosidade: “Volta, minha alma ao teu sossego, pois o Senhor tem sido generoso (gâmal) para contigo” (Sl 116.7/Sl 119.17). Fazer bem: “O homem bondoso faz bem (gâmal) a si mesmo, mas o cruel a si mesmo se fere” (Pv 11.17/Sl 142.7). Figuradamente: estar maduro; bom para a colheita, interpreto: “Porque antes da vindima, caída já a flor, e quando as uvas amadurecem (gâmal), então, podará os sarmentos com a foice e cortará os ramos que se estendem” (Is 18.5). Pagar: Se paguei (gâmal) com o mal a quem estava em paz comigo, eu, que poupei aquele que sem razão me oprimia(Sl 7.4/Sl 137.8). (Esta palavra que aparece originariamente no acadiano, hebraico e árabe, tem um sentido bastante diverso. Para um exame mais detalhado, vejam-se: K. Seybold, Gãmal: In: G. Johannes Botterweck; Helmer Ringgren, eds.  Theological Dictionary of the Old Testament, Grand Rapids, MI.: Eerdmans, 1975, v. 3, p. 23-33; G. Sauer, Gml: In: E. Jenni; C. Westermann, eds.  Diccionario Teologico Manual Del Antiguo Testamento, Madrid: Ediciones Cristiandad, 1978, v. 1, col. 607-609; Jack P. Lewis, Gãmal: In: Laird Harris, et. al.  eds. Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento, São Paulo: Vida Nova, 1998, p. 274-275; Eugene Carpenter, Gml: In: Willem A. VanGemeren, org.  Novo Dicionário Internacional de Teologia e Exegese do Antigo Testamento, São Paulo: Cultura Cristã, 2011, v. 1, p. 846-848).

[8] João Calvino, O Profeta Daniel: 1-6, São Paulo: Parakletos, 2000, v. 1, (Dn 3.8-13), p. 199.

[9]D.M. Lloyd-Jones, Cantando ao Senhor, São Paulo: Publicações Evangélicas Selecionadas, 2003, p. 42. O Diretório de Culto de Westminster (1645) orienta:

            “É dever dos cristãos louvar a Deus publicamente cantando salmos juntos na Igreja, e também em particular na família.

            “Ao cantar os salmos, a voz deverá ser afinada e ordenada com seriedade; mas o cuidado maior precisa ser o de cantar com o entendimento e com graça no coração, erguendo melodias ao Senhor” (O Diretório de Culto de Westminster, São Paulo: Editora Os Puritanos, 2000, p. 65). “Música é bom. Alguma música é algo muito bom. Mas música sempre, não é bom, a menos que isso sirva à Palavra. Imagens são boas. Algumas imagens são muito boas. Mas as melhores imagens são aquelas que estão em sua mente, colocadas ali por palavras. (…) Deus usa palavras. É por isso que, geralmente, temos os nossos púlpitos no meio do salão de culto, porque acreditamos na centralidade da Palavra. É por isso que pregamos mais do que cantamos, porque nós cremos na prioridade da Palavra” (Stuart Olyott, Jonas – O Missionário bem sucedido que fracassou, São José dos Campos, SP.: Fiel, 2012, p. 23).

[10] Veja-se: Ernst W. Hengstenberg; John Thomson, Commentary on the Psalms, Tennessee: General Books, © 1846, 2010 (Reprinted), v. 1, (Sl 13.5,6), p. 137.

[11]O verbo (בּין) (bîyn) e o substantivo (בּינה) (bîynâh) apresentam a ideia de um entendimento, fruto de uma observação demorada, que nos permite discernir para interpretar com sabedoria e conduzir os nossos atos. “O verbo se refere ao conhecimento superior à mera reunião de dados. (…) Bîn é uma capacidade de captação julgadora e perceptiva e é demonstrada no uso do conhecimento” (Louis Goldberg, Bîn: In: Laird Harris, et. al.  eds. Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento, São Paulo: Vida Nova, 1998, p. 172).

            (bîyn) permite diversas traduções (ARA):

            Acudir (Sl 5.1) (No sentido de considerar); Ajuizado (Gn 41.33,39); Atentar (Dt 32.7,29; Sl 28.5); Atinar (Sl 73.17; 119.27); Considerar (Jó 18.2; 23,15; 37.14); Contemplar (Sl 33.15); Cuidar (Dt 32.10); Discernir (1Rs 3.9,11; Jó 6.30; 38.20; Sl 19.12); Douto (Dn 1.4); Ensinar (Ne 8.7,9); Entender/entendido/entendimento (Dt 1.13;4.6; 1Sm 3.8; 2Sm 12.19; 1Rs 3.12;1Cr 15.22; 27.32; 2Cr 26.5; Ed 8.16; Ne 8.2,3,8,12; 10.28; Jó 6.24;13.1; 15.9; 23.5; 26.14; 28.23; 32.8,9; 42.3); Fixar no sentido de pensar detidamente (Jó 31.1); Inteligência (Dn 1.17); Mestre (no sentido de expert) (1Cr 25.7,8); Penetrar (com o sentido de discernir) (1Cr 28.9; Sl 139.2); Perceber (Jó 9.11;14.21; 23.8); Perito (Is 3.3); Procurar (Sl 37.10); Prudentemente (2Cr 11.23); Reparar (1Rs 3.21); Revistar (procurar atentamente) (Ed 8.15); Saber/Sabedoria (Ne 13.7; Pv 14.33); “Sisudo” em palavras (1Sm 16.18); Superintender (por ter maior conhecimento) (2Cr 34.12). A LXX geralmente emprega a palavra Suni/hmi (syniêmi) para traduzir o verbo hebraico. Suni/hmi (syniêmi) envolve a ideia de reunir as coisas, analisá-las, tentando chegar a uma conclusão através de uma conexão das partes. (*Mt 13.13,14,15,19,23, 51; 15.10; 16.12; 17.13; Mc 4.12; 6.52; 7.14; 8.17,21; Lc 2.50; 8.10; 18.34; 24.45; At 7.25 (duas vezes); 28.26,27; Rm 3.11; 15.21; 2Co 10.12; Ef 5.17). Paulo instrui aos efésios: “….Vede prudentemente como andais, não como néscios, e, sim, como sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus. Por esta razão não vos torneis insensatos, mas procurai compreender qual a vontade do Senhor” (Ef 5.15-17).

[12] Cf. Louis Goldberg, Petî: In: R. Laird Harris, et. al.  eds. Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento, São Paulo: Vida Nova, 1998, p. 1249. Para um estudo mais detalhado da palavra, veja-se: M. Saebo, Ptb: In: E. Jenni; C. Westermann, eds.  Diccionario Teologico Manual Del Antiguo Testamento, Madrid: Ediciones Cristiandad, 1985, v. 2, col. 624-628.

[13]“Até quando, ó néscios (ytiP) (pethiy), amareis a necedade (pethiy)? E vós, escarnecedores, desejareis o escárnio? E vós, loucos, aborrecereis o conhecimento?” (Pv 1.22).

[14] John MacArthur, Adotando a Autoridade e a Suficiência das Escrituras: In: John MacArthur, ed. ger.  Pense Biblicamente!: recuperando a visão cristã do mundo, São Paulo: Hagnos, 2005, p. 39. Do mesmo modo, veja-se: John F. MacArthur, Jr. Nossa Suficiência em Cristo, São José dos Campos, SP: Fiel, 1995, p. 68.

[15] Nas Escrituras, seguir a instrução de Deus é o mesmo que andar na luz: “Irão muitas nações e dirão: Vinde, e subamos ao monte do SENHOR e à casa do Deus de Jacó, para que nos ensine os seus caminhos, e andemos pelas suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e a palavra do SENHOR, de Jerusalém (…) Vinde, ó casa de Jacó, e andemos na luz (‘ôr) do SENHOR” (Is 2.3,5). “Atendei-me, povo meu, e escutai-me, nação minha; porque de mim sairá a lei, e estabelecerei o meu direito como luz (‘ôr) dos povos” (Is 51.4). (Para um estudo mais pormenorizado do emprego da palavra no Antigo Testamento, ver: Herbert Wolf, ‘ôr: In: R. Laird Harris, et. al.  eds. Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento, São Paulo: Vida Nova, 1998, p. 38-42; William Gesenius, Hebrew-Chaldee Lexicon to the Old Testament, 3. ed. Michigan: WM. Eerdmans Publishing Co. 1978, p. 23).

[16] Para uma discussão a respeito da tradução, veja-se: Peter C. Craigie; Marvin E. Tate, Psalms 1-50, 2. ed. Waco: Thomas Nelson, Inc. (Word Biblical Commentary, v. 19), 2004, (Sl 13), p. 140.

[17] Matthew Henry, Comentário Bíblico de Matthew Henry, 5. ed. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 2006, (Sl 13), p. 406.

Autor: Hermisten Maia. © Voltemos ao Evangelho. Website: voltemosaoevangelho.com. Todos os direitos reservados. Editor e Revisor: Vinicius Lima.