Por que fazer da leitura da Bíblia parte do meu dia a dia em 2025?

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Enquanto estamos bem pertinho de um novo ano, não podemos deixar de falar a respeito da leitura da Bíblia. A pergunta é de um ouvinte anônimo, um jovem e novo convertido. Que maravilha! Adoramos receber mensagens de novos crentes. Aqui está o email dele: “Estou simplesmente impressionado com o quanto não sei sobre a Bíblia como um cristão recém-convertido. Quero ter conhecimento sobre as Escrituras para que elas possam me guiar e para que eu possa usá-las para guiar outras pessoas no futuro. Mas há tanto a se aprender. Não sei por onde começar. Em outras palavras, por onde começo? Qual é a primeira e mais essencial coisa que preciso saber para seguir a Cristo lendo sua Palavra?”

Bem, minha resposta provavelmente será um pouco frustrante porque ele está pedindo uma verdade específica na Bíblia, e eu vou dizer “Bíblia, Bíblia, Bíblia, Bíblia”. Nunca conheci um cristão maduro, frutífero, forte e com discernimento espiritual que não esteja cheio das Escrituras, dedicado à meditação regular nas Escrituras e dado a armazená-las no coração por meio da memorização da Bíblia. E isso não é uma coincidência.

Então, o que eu quero fazer é persuadir nosso amigo recém-convertido de que é absolutamente essencial, depois de chegar à fé em Cristo, ser radicalmente, profundamente, experimentalmente devotado às Escrituras, ser inabalável e inabalavelmente persuadido de que ler, meditar, entender, memorizar e desfrutar das Escrituras é absolutamente essencial para a vida cristã. Isso incluiria estar na Palavra todos os dias, com o objetivo de encontrar Deus lá e, pouco a pouco, a glória de sua verdade encherá e transformará nossas vidas.

E isso pode parecer óbvio para ele ou para os outros, mas na prática não parece ser tão óbvio, porque conheço cristãos de longa data que não fazem isso. Eles são indiferentes. Eles acham que é opcional porque já sabem muito e leem tantos outros livros. Eu não considero isso um hábito muito bom. Na verdade, eu acho isso muito perigoso.

Tenho dez razões pelas quais acredito nisso, dez razões para tornar a leitura da Bíblia, o entendimento da Bíblia e a memorização da Bíblia essenciais para a vida cristã. Resista aos sentimentos de autossuficiência que dizem: “Não preciso das Escrituras todos os dias”. Então, aqui estão minhas dez razões.

1. Salvação

A Escritura salva: “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Continua nestes deveres; porque, fazendo assim, salvarás tanto a ti mesmo como aos teus ouvintes.” (1 Timóteo 4.16). A salvação aconteceu ao povo de Deus. A salvação está acontecendo neste momento com o povo de Deus. E a salvação acontecerá completamente na ressurreição do povo de Deus. Está acontecendo agora por meios. Paulo diz: “Apegue-se ao ensino e salve-se a si mesmo”. Deus nos salva diariamente pelas Escrituras.

2. Liberdade

A Escritura nos liberta de Satanás: “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8.32). O contexto é que os líderes judeus pensam que não são escravos, mas Jesus lhes diz: “Vós sois do diabo, vosso pai, e a vossa vontade é fazer os desejos de vosso pai” (João 8.44). Satanás é seu inimigo, novo cristão. Ele é mil vezes mais forte do que você.

João escreve aos jovens crentes: “Escrevo-vos, jovens, porque sois fortes, e a palavra de Deus permanece em vós, e vencestes o maligno” (1 João 2.14). Esta é a nossa única esperança de derrotar um inimigo sobrenatural. Toda vez que Jesus foi tentado pelo diabo, ele revidou com “a espada do Espírito, que é a palavra de Deus” (Efésios 6.17). E Ele a memorizou para não ter que carregar um livro no deserto.

3. Graça e Paz

A Escritura transmite graça e paz: “Graça e paz vos sejam multiplicadas no conhecimento de Deus e de Jesus, nosso Senhor” (2 Pedro 1.2). O conhecimento de Deus obtido por meio das Escrituras não é idêntico à graça, mas Pedro diz que é um meio de graça. Se quisermos ser pacíficos e poderosos pela graça divina, diz Pedro, isso acontece “no conhecimento de Deus e de Jesus, nosso Senhor”. Esse conhecimento é encontrado em apenas um lugar: nas Escrituras.

4. Santificação

A Escritura santifica: “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade”, orou Jesus (João 17.17). A santificação é o processo de se tornar santo – isto é, tornar-se mais semelhante a Cristo e a Deus, que é perfeitamente santo. Isso não é opcional. Hebreus 12.14 diz: “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor”. Não nos tornamos perfeitos nesta vida, mas nos tornamos santos. Deus santifica seu povo, e por isso Jesus ora a seu Pai: “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.” Isso não poderia ser mais simples ou mais importante.

5. Alegria

A Escritura dá alegria: “tendo recebido a palavra, posto que em meio de muita tribulação, com alegria do Espírito Santo”, disse Paulo aos tessalonicenses (1 Tessalonicenses 1.6). Ou o Salmo 1.2 diz: “Seu prazer está na lei do Senhor, e na sua lei ele medita de dia e de noite”. A vida sem alegria é insuportável. A vida cristã é uma vida de muitas aflições, mas em todas elas Deus sustenta a alegria, e ele o faz pelas Escrituras.

6. Proteção

A Escritura nos protege do erro destrutivo: “Até que todos cheguemos à unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus… para que não sejamos mais crianças, jogadas de um lado para o outro. . . por todo vento de doutrina” (Efésios 4.13-14). Como os jovens cristãos evitam ser deixados por ventos e opiniões culturais e teológicas ruins? Resposta: “a unidade da fé” e “o conhecimento do Filho de Deus” – conhecimento que eles experimentam não como a opinião do homem, mas como a Palavra de Deus. Isso é encontrado em apenas um lugar: nas Escrituras.

7. Esperança

A Escritura é a esperança do céu, e o que quero dizer com isso é que a plena compreensão, o pleno gozo da verdade da Escritura será experimentado apenas no céu: “Agora conheço em parte; então conhecerei plenamente, assim como sou plenamente conhecido” (1 Coríntios 13.12). O conhecimento de Deus – toda a plenitude que um ser criado pode compreender e desfrutar adequadamente – não será negado a nós indefinidamente. As frustrações de nossas atuais limitações de compreensão e prazer serão removidas. Quão apropriado é, então, que estejamos sempre crescendo agora no que será nossa alegria final na era vindoura.

8. Defesa

A Escritura sofrerá resistência de alguns: “‘Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos” (2 Timóteo 4.3). Em outras palavras, precisamos conhecer as Escrituras para não sermos pegos desprevenidos, desequilibrados ou levados por falsos mestres. Precisamos receber as Escrituras regularmente para estarmos prontos para lidar com aqueles que se recusam a recebê-las.

9. Aprovação

O manejo correto das Escrituras é aprovado por Deus: “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade”. (2 Timóteo 2.15). É uma coisa preciosa ser designado para fazer uma tarefa muito importante e depois encontrar o Mestre aprovando o que ele pediu que você fizesse. Todos nós somos designados, em certa medida, para lidar com a Palavra de Deus, e que oportunidade maravilhosa de agradar ao Senhor nós temos!

10. Vida

Finalmente, a Escritura dá e sustenta a vida: “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus”, disse Jesus (Mateus 4.4). A vida espiritual, a vida eterna – assim como a vida física – deve ser alimentada, embora não pelo pão, mas pela Palavra de Deus. Se você pensa que tem a vida eterna como uma espécie de vacina contra o inferno, e que não precisa de nutrição diária, você não sabe o que é a vida espiritual.

Portanto, essas são, pelo menos, dez razões pelas quais os crentes devem se empenhar com todas as suas forças, com todas as forças que Deus lhes dá, para fazer da leitura, da meditação, da compreensão e da memorização das Escrituras uma parte essencial e inegociável de sua vida cristã.

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