Considerações finais: Vocação como alegre mordomia no Reino
A displicência e o comodismo emanam da preocupação que os homens sentem em servir a Cristo sem problemas, como se fosse um passatempo, enquanto Cristo convoca a todos os seus servos para a guerra. − João Calvino.[1]
Ao executarem o que Deus lhes determinou, os homens devem começar sempre com oração, invocando o nome de Deus e oferecendo-Lhe seus labores, para que Ele os abençoe. − João Calvino.[2]
A Reforma foi uma época em que a igreja protestante exerceu sua maior influência cultural − na arte, na literatura, na música, assim como nas instituições sociais − e isso também está relacionado à doutrina da vocação. Se recuperarmos essa doutrina, poderemos abrir caminho para que os cristãos contemporâneos influenciem sua cultura novamente. − Gene E. Veith Jr.[3]
Nestas anotações finais sobre este capítulo quero enfatizar alguns aspectos. Todos temos um chamado divino para servir a Deus. Essa convicção dá profundo sentido à nossa existência: glorificar a Deus por meio de nossa vocação. Somos servos do Deus Criador e preservador de todas as coisas, somos seus agentes na construção e transformação da realidade pós-queda tendo como perspectiva o nosso serviço ao Rei no seu Reino. A Igreja deve ser uma expressão do Reino. Ou seja: no exercício da vocação dos súditos do Reino. Por isso, conforme expressão de Plantinga Jr., é que “trabalhar no reino é o nosso estilo de vida”.[4]
A igreja anuncia o evangelho não simplesmente como uma salvação pessoal. Ela também trabalha humilde, submissa e sinceramente aqui e agora para que, por meio de seu testemunho vivo do evangelho, a luz do Reino prevaleça sobre as trevas do mundo.[5]
Ser reformado significa um apego irrestrito ao Deus da Palavra que nos instrui e nos capacita a viver para a sua Glória desempenhando o nosso papel na sociedade, seja em que nível for. Significa apresentar o fruto de nosso labor como uma oferenda a Deus que nos criou e nos sustenta.
Trabalho como graça e gratidão
O trabalho é graça e o produto de nosso trabalho deve ser uma expressão de gratidão ao Deus que nos vocaciona e capacita. Em nossa gratidão, prestamos reverentemente culto a Deus [6] que nos chama de onde estamos para desempenhar o trabalho que ele tem para nós.
Desse modo, a questão fundamental não é, primariamente, o nosso trabalho, mas sim, a nossa obediência a Deus. O nosso chamado envolve viver a integridade cristã em tudo que fazemos.[7] Paulo então instrui os coríntios:
20 Cada um permaneça na vocação em que foi chamado. 21 Foste chamado, sendo escravo? Não te preocupes com isso; mas, se ainda podes tornar-te livre, aproveita a oportunidade. 22 Porque o que foi chamado no Senhor, sendo escravo, é liberto do Senhor; semelhantemente, o que foi chamado, sendo livre, é escravo de Cristo. (1Co 7.20-22).
Como vimos, o pecado trouxe um ônus para o trabalho até então inexistente. O que era prazeroso, agora, em muitos aspectos virou um fardo difícil, quer objetiva, quer subjetivamente. O homem passa a lutar com a natureza e, consigo mesmo em sua própria perspectiva a respeito do trabalho. Temos de lutar com a natureza que também foi atingida pelo pecado humano, perdemos a dimensão de servir a Deus por meio de nosso trabalho.
De forma decorrente, surge a exploração. A ambição se intensifica e se diversifica. A competição desleal e extrema nos leva ao estresse e, por vezes, à depressão.
Com a complexidade das estruturas sociais, o trabalho se avolumou, havendo exigências múltipla – que assumem novas configurações com novas demandas, exigências, expectativas e estresse − com as quais nem sempre sabemos lidar.
Além disso, paradoxalmente, ele se tornou por vezes em substitutivo para outras necessidades nossas mal assistidas ou frustradas, ainda que não perdendo o seu tom de angústia e dor. Dessa forma, nos frustramos duplamente, visto que o substituto não preenche as nossas carências além de demandar novos esforços.
Devemos destacar que a palavra hebraica é a mesma para descrever os “sofrimentos” da gravidez (Gn 3.16) e as “fadigas” para obter o sustento da terra (Gn 3.17).[8] Desse modo, como nos chamam a atenção Colson e Pearcey, em virtude da Queda, “as duas tarefas centrais da vida humana − ganhar a vida e criar uma família − são repletas de dor e dificuldades”.[9]
Biblicamente, contudo, é possível amenizar já, nesta existência, a associação experimentada por todos entre pecado, trabalho, fadiga e estresse, considerando que esta dor tem ingredientes físicos, psíquicos e espirituais. Em Cristo, adquirimos uma nova perspectiva da realidade, encontrando o sentido da vida e, dentro dele, o sentido da nossa vocação.
Bonhoeffer (1906-1945), fez um penetrante comentário a respeito da vocação de Lutero e, consequentemente, da luta de todos nós:
Lutero teve que abandonar o convento e regressar ao mundo, não porque esse, em si, fosse bom e santo, mas sim porque também o convento nada mais era do que mundo.
O caminho de Lutero para fora do convento e de volta ao mundo constitui o ataque mais violento que o mundo sofreu deste os tempos da primeira Igreja. A renúncia do monge ao mundo é brincadeira comparada à renúncia a que o mundo experimentou por parte daquele que a ele regressara. O ataque agora era frontal; o discipulado de Jesus passaria a ser vivido no seio do mundo. Aquilo que, em circunstâncias especiais e com as facilidades da vida monástica era praticado, como realização especial, passava agora a ser algo necessário, ordenado a cada cristão no mundo. A obediência perfeita ao mandamento de Cristo deveria acontecer na vida profissional de todos os dias. Assim se aprofundou de forma imprevisível o conflito entre a vida do cristão e a do mundo. O cristão atacava o mundo de perto; era uma luta corpo a corpo.[10]
A Reforma, como vimos, esforçou-se por resgatar o sentido bíblico do trabalho, eliminando, o conceito de “tortura”, entendendo que devemos glorificar a Deus por meio de nossas vocações, rompendo com a divisão medieval entre a “vida activa” e a “vida contemplativa”, “vocação religiosa” e “vocação secular”, enfatizando que todas as vocações procedem de Deus e devem ser dirigidas a ele na consecução de seu propósito.[11]
Calvino conclui a edição de 1541 das Institutas, com essas palavras:
Além de tudo mais, se não tivermos a nossa vocação como uma regra permanente, não poderá haver clara consonância e correspondência entre as diversas partes da nossa vida. Assim, será muito bem ordenada e dirigida a vida de quem a conduzir tendo em vista esse propósito. Desse modo de entender e de agir nos resultará esta singular consolação: Não há obra, por mais humilde e humilhante que seja, que não brilhe diante de Deus e que não Lhe seja preciosa, contanto que a realizemos no serviço e cumprimento da nossa vocação.[12]
Em 1911, Warfield (1851-1921), ao falar aos estudantes de teologia do Seminário de Princeton, traz uma palavra sobre esse assunto:
O melhor serviço que podemos oferecer a Deus é justamente cumprirmos nossos deveres – nosso modesto, caseiro dever, qualquer que seja ele. As pessoas, na Idade Média, não pensaram assim; eles abriram uma fenda entre a vida religiosa e a secular, e aconselhavam aquele que desejava ser religioso a dar as costas ao que eles chamavam ‘mundo’, isto é (…) ao trabalho comum do mundo, o gênero de ocupação que constitui a tarefa diária de homens e mulheres, que representa os deveres de cada um e de seus companheiros. O protestantismo pôs um fim nisso tudo.[13]
A nossa vocação na sociedade
A nossa vocação é servir a Deus e ao nosso próximo dentro da esfera que ele nos concedeu. Por isso, devemos sempre pedir discernimento a Deus na melhor forma de fazê-lo sem a pretensão à grandeza, ou reconhecimento, antes, de glorificá-lo.
O nosso ideal de serviço deve ser o nosso estímulo e recompensa.[14] Se nosso trabalho será considerado um bem pelas pessoas ou não, se teremos sucesso, ou não, deixemos isto com Deus. Alegremo-nos em poder realizar com discernimento e alegria a nossa vocação.[15]
O exercício de nossa vocação é sempre precedido por uma mente dominada pelo desejo de serviço. “Uma mente cristã começa com a humildade, com o desejo de servir em vez de ser importante ou se sentir confortável”, interpreta Barclay.[16]
A consagração às nossas vocações revela a seriedade com que olhamos o nosso Senhor e à nossa missão. Devemos, portanto, exercer as nossas vocações com arte e beleza, glorificando a Deus no exercício alegre e comprometido com que ele mesmo, graciosamente, nos tem concedido.
Curioso que é justamente na igreja, no culto comunitário que prestamos a Deus que encontramos alento e estímulo para exercitar as nossas vocações em todas as esferas para as quais Deus nos convoca: “A vida cristã deve ser vivida nas nossas vocações – no local de trabalho, na família, na nossa posição na cultura – mas é na adoração da Igreja que o cristão é preparado e recebe energia para esse serviço”, aplica Veith Jr.[17]
No culto público, em companhia de nossos irmãos, somos confortados, redirecionados, e, por vezes, encontramos o sentido de nosso serviço a Deus no cumprimento de nossa vocação.
Não há satisfação maior do que atender à vocação de Deus sabendo que fazemos parte do santo e grandioso propósito dele sendo agentes de sua graça comum.[18] Quando cumprimos com fidelidade e integridade as nossas vocações, toda a sociedade se é beneficia.[19]
Plantinga parece-me correto ao dizer que “uma ocupação comum realizada conscientemente constrói o reino de Deus”.[20] Alegrar-nos em Deus significa ter o prazer da sua comunhão em alegre obediência. Obedecer é graça. “Existe uma recompensa, não somente após obedecer aos mandamentos de Deus, mas durante a obediência deles”, interpreta Henry.[21]
A alegria da obediência
O comprazer-se na obediência a Deus é por si só, uma bem-aventurança: “Aleluia! Bem-aventurado o homem que teme ao Senhor e se compraz nos seus mandamentos” (Sl 112.1). “Agrada-me fazer a tua vontade, ó Deus meu; dentro do meu coração, está a tua lei” (Sl 40.8).
A alegria no coração se expressa em nosso semblante e, consequentemente, na forma como realizamos as nossas tarefas: “O coração alegre aformoseia o rosto, mas com a tristeza do coração o espírito se abate” (Pv 15.13). A nossa alegria ou tristeza termina por se refletir em nosso rosto e em nossas mãos.
Desse modo, devemos entender que o que nos distingue em nossa vocação é o como fazemos o nosso trabalho. Devemos glorificar a Deus na excelência de nosso trabalho.[22]
A vocação e suas tentações
A Bíblia é muito mais enfática no tratamento a respeito do trabalhador, de como devemos realizar o nosso trabalho ‒ motivação e propósito ‒ do que a respeito do trabalho em si. O que torna nosso trabalho aceitável a Deus é a fé que dá significado subjetivo às nossas tarefas e, em geral, se manifesta de forma objetiva no produto final do que fazemos.[23] No entanto, como nos adverte Veith Jr., cada vocação tem as suas próprias tentações:[24] Médicos, não cuidarem de seus pacientes como deveriam pelo fato de receberem pouco pela consulta. Policiais: espancar cidadãos. Negociantes: trapacear. Jornalistas: dizer inverdades. Maridos: maltratar esposa e filhos.
Há, sem dúvidas, tarefas mais difíceis de serem executadas devido aos seus possíveis comprometimentos e tentações, contudo o desafio do cristão consciente de sua vocação é desempenhá-la de forma digna, como agente de Deus.[25]
Conforme já citamos, Schaeffer capta bem o sentido de nossa consagração às nossas vocações;
Não há gente pequena e gente grande no verdadeiro sentido espiritual, mas só gente consagrada e gente não consagrada. O problema para cada um de nós é aplicar essa verdade a nós mesmos: será que Francis Schaeffer é o Francis Schaeffer de Deus? (…) O tamanho do lugar não é importante, mas a consagração naquele lugar.[26]
Deus nos abençoa em nossa vocação nos munindo do necessário para o seu desempenho digno. Ele nunca nos veste com máscaras para representarmos papéis simplesmente nominais, antes, se agencia por nosso intermédio nos capacitando para o exercício de nosso chamado. Ele mesmo nos “talha” para o desempenho de nosso chamado.
A nossa vocação será sempre um ato de serviço a Deus em todas as suas dimensões, por meio do cumprimento de nosso chamado onde Deus nos colocou. Precisamos descobrir a alegria de exercer a nossa vocação. Insistimos: nossa vocação é servir a Deus, não buscar o sucesso. A nossa ênfase não é a recompensa, antes, o ideal de serviço. O sucesso é a obediência integral!
O desejo de progredir, aumentando o nosso padrão de vida, não nos deve conduzir à distorção dos princípios bíblicos de nossa vocação. “O diabo, comenta Veith Jr., tenta aquele que tem sua vocação com o caminho da glória. Se insistirmos em ser servido em vez de servir, a vocação se torna uma oportunidade para nos atolarmos no orgulho. É criada uma mentalidade de autossuficiência. Não sentimos nenhuma necessidade nem dependência de Deus”.[27]
Paulo instrui ao jovem Timóteo quanto aos verdadeiros valores que devem orientar a nossa vida:
6De fato, grande fonte de lucro é a piedade com o contentamento. 7Porque nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele. 8Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes. 9Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. 10Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores. (1Tm 6.6-10).
A nossa vocação é múltipla dentro das esferas as quais Deus nos chama a atuar. Precisamos ter sensibilidade espiritual e nos dispor a obedecê-lo com inteligência, submissão e determinação.
Certamente a rainha Ester nunca se vira no papel que veio a desempenhar. Poderia se contentar em ser mais um lindo rosto. No entanto, ela não pode fugir à sua vocação que gradativamente foi se configurando diante de si. “A nossa vocação já está, aqui, onde nós estamos e no que estamos fazendo agora. (…) Os cristãos precisam compreender que o presente é o momento quando você é chamado a ser fiel. Não podemos fazer nada em relação ao passado. O futuro está totalmente nas mãos de Deus. Agora é o que temos”, encoraja-nos Veith, Jr.[28]
Devemos aprender que a fé não elimina a nossa responsabilidade de pensar. Pensar não exclui a nossa fé. Ambas as atitudes devem caracterizar a vida do cristão a fim de que a nossa fé seja compreensível e a nossa razão seja guiada pela fé. Ester acreditava no Deus soberano. Orou, jejuou e se valeu de sua inteligência. Mesmo que isso aos olhos humanos fracasse, não invalida o princípio de que a nossa fé e a nossa inteligência devem caminhar de mãos dadas em submissão a Deus.
Firmados na Palavra de Deus devemos ser ousados no realizar a sua obra. Fazer aquilo que Deus exige de nós. Nunca devemos desconsiderar a Palavra de Deus, para que não sejamos acusados com justiça de menosprezo para com a graça dele. Nenhuma reforma espiritual pode ser feita em detrimento da Palavra de Deus. Somos chamados por Ele a fazer algo agora. Esta é a nossa vocação imediata. Qual é a sua vocação?
A pergunta de Deus a Moisés é de relevância aqui: “Que é isso que tens na mão? Respondeu-lhe: Um bordão” (Êx 4.2). O que temos em nossas mãos se constitui em instrumento colocado por Deus mesmo para que cumpramos a nossa vocação.
Rev. Hermisten Maia Pereira da Costa
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[1] João Calvino, As Pastorais, (1Tm 6.12), p. 172.
[2] João Calvino, Salmos, São José dos Campos, SP.: Editora Fiel, v. 4, 2009, (Sl 127.2), p. 377.
[3] Gene Edward Veith, Jr., Deus em Ação, São Paulo: Cultura Cristã, 2007, p. 17.
[4] Cornelius Plantinga Jr., O Crente no Mundo de Deus, São Paulo: Cultura Cristã, 2007, p. 111.
[5]Veja-se: George E. Ladd, O Evangelho do Reino: estudos bíblicos sobre o reino, São Paulo: Shedd Publicações, 2008, p. 16.
[6] Veja-se: Henry R. Van Til, O Conceito Calvinista de Cultura, São Paulo: Cultura Cristã, 2010, p. 255ss.
[7] Veja-se: Donald K. Mckim, A “Vocação” na Tradição Reformada. In: Donald K. Mckim, ed. Grandes Temas da Tradição Reformada, São Paulo: Pendão Real, 1998, p. 304.
[8] A palavra hebraica é (!AbC'[i) (`itstsabon). Veja-se também: Gn 5.29.
[9] Charles Colson; Nancy Pearcey, O Cristão na Cultura de Hoje, Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 2006, p. 175.
[10]D. Bonhoeffer, Discipulado, São Leopoldo, RS.: Sinodal, 1980, p. 13.
[11]Vejam-se: Leland Ryken, Redeeming the Time: a Christian Approach to work and Leisure, Grand Rapids, MI.: Baker Book, 1995, p. 75-76; Oliver Barclay, Mente Cristã, São Paulo: Cultura Cristã, 2010, p. 90.
[12]João Calvino, As Institutas da Religião Cristã: edição especial com notas para estudo e pesquisa, São Paulo: Cultura Cristã, 2006, v. 4, (IV.17). p. 225. Mais tarde escreveria: “…. desde que obedeças à tua vocação, nenhuma obra tão ignóbil e vil haverá de ser que diante de Deus não resplandeça e seja tida por valiosíssima” (As Institutas, III.10.6). Veja-se também: João Calvino, A Verdadeira Vida Cristã, São Paulo: Novo Século, 2000, p. 77). “Nada poderá encher-nos de mais coragem do que o reconhecimento de que fomos chamados por Deus. Pois desse fato podemos inferir que o nosso labor, que está sob a direção divina e no qual Deus nos estende sua mão, não ficará infrutífero. Portanto, pesaria sobre nós uma acusação muito grave caso rejeitássemos o chamado divino” (João Calvino, As Pastorais, São Paulo: Paracletos, 1998, (1Tm 6.12), p. 173).
[13]B.B. Warfield, A Vida Religiosa dos Estudantes de Teologia, São Paulo: Editora os Puritanos, 1999, p. 12-13. “Todo homem que aspira ser espiritual tem que começar por fazer o seu dever, seu dever óbvio, sua tarefa diária, o trabalho específico que se encontra à sua frente, a ser feito neste tempo e lugar específico” (B.B. Warfield, A Vida Religiosa dos Estudantes de Teologia, p. 14). “Você não pode edificar uma vida religiosa exceto se começar com a execução fiel de seus simples deveres diários” (B.B. Warfield, A Vida Religiosa dos Estudantes de Teologia, p. 15). “Nenhum caráter piedoso pode ser edificado no alicerce do dever negligenciado” (B.B. Warfield, A Vida Religiosa dos Estudantes de Teologia, p. 15).
[14]“Podemos dizer, então, que o impacto mais importante de uma mente cristã sobre tudo que se refere a trabalho é que a prioridade mudou da ênfase na recompensa para a ênfase no ideal de serviço” (Oliver Barclay, Mente Cristã, p. 95).
[15]“Se somos bem-sucedidos de uma maneira menor ou maior, louvemos a Ele por isso. (…) Devemos guardar nosso coração para não contaminar nosso serviço regozijando-nos em nossa própria glória demonstrada no sucesso em vez de na glória de Deus” (Vern S. Poythress, O Senhorio de Cristo: servindo o nosso Senhor o tempo todo, em toda a vida e de todo o nosso coração, Brasília, DF.: Monergismo, 2019, p. 141).
[16]Oliver Barclay, Mente Cristã, p. 18.
[17]Gene Edward Veith, Jr., De Todo o Teu Entendimento, São Paulo: Cultura Cristã, 2006, p. 93.
[18] Veja-se: Nancy Pearcey, Verdade Absoluta: libertando o cristianismo de seu cativeiro cultural, Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 2006, p. 53. “Nós servimos ao mundo por meio de nosso serviço ao mundo em Jesus Cristo” (Donald K. Mckim, A “Vocação” na Tradição Reformada. In: Donald K. Mckim, ed. Grandes Temas da Tradição Reformada, p. 304).
[19]Veja-se: Nancy Pearcey, Verdade Absoluta: libertando o cristianismo de seu cativeiro cultural, p. 40.
[20]Cornelius Plantinga Jr., O Crente no Mundo de Deus, São Paulo: Cultura Cristã, 2007, p. 122.
[21]Matthew Henry, Comentário Bíblico de Matthew Henry, 5. ed. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 2006, (Sl 19), p. 411.
[22] Veja-se: Leland Ryken, Work & Leisure in Perspective Christian, Portland: Multnomah Press, 1987, p. 149.
[23] Veja-se: Gene Edward Veith, Jr., Deus em Ação, São Paulo: Cultura Cristã, 2007, p. 118-119.
[24] Veja-se: Gene Edward Veith, Jr., Deus em Ação, p. 104-105.
[25]“Honestamente, podem existir algumas ocupações que são difíceis; mas não existe razão para o cristão fugir delas, ou sentir que é mais espiritual aceitar um emprego que seja mais fácil” (Oliver Barclay, Mente Cristã, p. 100). “Todo empregado cristão deve se considerar servo em Deus, acima do relacionamento que tem com o seu chefe. Embora o conceito de muitos seja que apenas os pastores, missionários e ‘obreiros’ vocacionados estão servindo o Senhor, a verdade não é bem esta. Toda vocação e qualquer serviço que se pode fazer para o Senhor deve ser feito de coração, pois este é o cumprimento da responsabilidade de todo filho de Deus, a de colocar sobre o altar do Senhor a sua vida inteira” (Russel Shedd, Andai Nele: Exposição bíblica de Colossenses, São Paulo: ABU Editora, 1979, p. 81).
[26]Francis A. Schaeffer, Não há Gente Sem Importância, São Paulo: Cultura Cristã, 2009, p. 22,27.
[27]Gene Edward Veith, Jr., Deus em Ação, São Paulo: Cultura Cristã, 2007, p. 114.
[28]Gene Edward Veith, Jr., Deus em Ação, p. 46,47.
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