8. A Reforma e a Educação (Continuação)
A. O Significado da Educação
2) O Homem como ser comunicativo
A linguagem foi um dos grandes dons que Deus deu ao homem. A própria Pessoa comunicante de Deus refletiu-se nesse dom inapreciável. (…) Deus e Adão comunicavam-se pessoalmente mediante o emprego da linguagem. – Jay E. Adams (1929-2020).[1]
As Escrituras iniciam com Deus criando todas as coisas. Ele cria por meio de sua palavra e comunica o seu feito. O verbo divino é criador. O nosso Deus é relacional. A sua natureza é Trina. É um Deus em três pessoas que se relaciona eternamente em amor (ad intra). Ao criar o homem, dialoga consigo mesmo, delibera e executa, criando-o à sua imagem (Gn 1.26-27).
Como vimos, Deus se revelou real e fidedignamente. Nele temos uma coerência ontológica: Deus não é contraditório em sua natureza essencial. Ele se relaciona pessoalmente conosco.
A revelação divina é a passagem do Deus consigo para o Deus conosco. Do Deus absconditus para o Deus revelatus. Aspectos do caráter de Deus se revelam propositadamente em suas relações com suas criaturas.[2] É no relacionamento pessoal com Deus que mais o conhecemos.
É muito curiosa a maneira como o Targum[3] traduz de forma interpretativa o texto de Gn 2.7, que diz: “E o homem passou a ser alma vivente”, por: “… um espírito que fala”. Ou seja, uma personalidade dotada de capacidade de pensar e expressar-se por meio de palavras.[4]
Conforme já mencionamos, após a criação da mulher, Deus a apresenta a Adão. Adão exultou com a nova criação de Deus. As primeiras palavras do homem registradas nas Escrituras se configuram de forma poética: “Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne; chamar-se-á varoa, porquanto do varão foi tomada” (Gn 2.23).
A partir daí, tornou-se possível uma relação satisfatória para o homem e sua congênere. Adão teria alguém de sua espécie com quem poderia dialogar; afinal, homem e mulher foram criados à imagem do Criador. “Não é bom que o homem esteja só para falar. O monólogo é o começo da loucura, o enfrentar outrem é o começo da sabedoria”, interpreta Gusdorf (1912-2000) em um contexto mais amplo. Sob a bênção de Deus, ambos poderão crescer juntos.
O Deus que se relaciona foi quem criou o homem com essa capacidade e necessidade. O dom de poder falar como expressão de seu coração (homem integral), tornou o homem responsável pela comunicação. A questão, portanto, da linguagem não é apenas orgânica ou fisiológica, antes, intelectual e espiritual.[5]A linguagem é um meio fundamental de comunicação. Ela caracteriza e nos distingue dos animais.[6]
Adams detalha isso: “A linguagem foi um dos grandes dons que Deus deu ao homem. A própria Pessoa comunicante de Deus refletiu-se nesse dom inapreciável. (…) Deus e Adão comunicavam-se pessoalmente mediante o emprego da linguagem”.[7]
No entanto, o pecado gerou um ruído surdo na comunicação. Ele é tão sutil que colhemos os efeitos mas, em geral não percebemos a sua influência. Após a queda, o homem já não consegue relacionar-se adequadamente com a sua mulher. Ambos criaram uma barreira invisível porém, poderosa, na comunicação com Deus.
A questão é tão séria que, que a mensagem do evangelho tem como pressuposto o rompimento do homem com Deus e traz boa nova de restauração.
Ridderbos resume:
O evangelho começa com a ideia da separação entre Deus e o homem e com a profunda angústia moral na qual o homem se encontra diante de Deus. Essa perturbação é tão profunda e dominante por causa da culpa do homem diante de Deus. Devido a essa culpa, o homem, com toda a sua existência, corre o risco de ser entregue ao julgamento divino. Portanto, a redenção consiste na remissão de pecados, na comunhão entre Deus e o homem o qual é intrinsicamente pecador. Nesse caso, também, o evangelho contradiz todos os conceitos de libertação encontrados fora do cristianismo.[8]
Essa restauração não é apenas vertical mas, também, horizontal. Somos restaurados à comunicação com Deus e, com o nosso próximo. O Reino envolve o aqui e agora e o além e depois; a nossa comunhão com Deus e com o nosso semelhante.[9]
A linguagem é um meio de identificação,[10] difusão da cultura e, ao mesmo tempo, de seu fortalecimento. A linguagem carrega consigo significados e valores, já que a linguagem e a comunidade mantêm uma relação de interdependência.[11]
Ressignificação da linguagem
Uma questão extremamente difícil é o processo de ressignificação da linguagem de uma cultura. Uso aqui a expressão em sentido bastante restrito: Como fazer as pessoas ouvirem e assimilarem determinadas palavras dentro de uma perspectiva diferente e, até mesmo conflitante, em relação aos significados aprendidos e dominantes?
As palavras carregam consigo significados próprios de uma cultura. A transposição desse conceito nem sempre é possível porque a realidade descrita carece de termos naquela língua para expressá-la. Desse modo, trabalhamos com um conceito analógico[12] que se propõe a fazer uma ponte, nem sempre no mesmo nível, de dois pontos por vezes bastante distantes.
Jaeger (1888-1961) ressaltando a influência da língua grega, afirma que “com a língua grega, todo um mundo de conceitos, categorias de pensamento, metáforas herdadas e sutis conotações de sentido entra no pensamento cristão”.[13]
Aqui podemos ter um vislumbre do problema dos escritores do Novo Testamento. Eles esbarraram repetidas vezes nessa questão: apresentar a mensagem cristã com termos já conhecidos, mas, ao mesmo tempo, que ganharam um novo significado a partir da própria essencialidade do Evangelho.
Assim, os escritores sagrados, inspirados por Deus, valeram-se, por vezes, de palavras amplamente conceituadas e assimiladas, porém, conferindo-lhes um sentido distinto, que, muitas vezes, só poderia ser compreendido a partir do Antigo Testamento.
Com frequência é frustrante estudar as palavras do Novo Testamento sem a perspectiva teológica de seu conteúdo já estabelecido no Antigo Testamento.[14] O Novo Testamento foi escrito em grego, contudo a sua teologia encontra o seu fundamento na revelação veterotestamentária.
O apóstolo João foi quem mais se deparou com essas questões do conhecimento, justamente por escrever no final do primeiro século, quando o Cristianismo havia se expandido e, ao mesmo tempo, novas heresias surgiam com um conteúdo sincrético.
Quando os pregadores cristãos empregaram, por exemplo, palavras tais como “igreja”, “logos”, “justiça”, “conhecimento”, “regeneração”, “sabedoria”, “humildade”, entre outras, era natural que os seus ouvintes, prematuramente, associassem esses termos aos conteúdos já conhecidos. Uma barreira a ser transposta era mostrar que o Cristianismo tinha uma mensagem significativamente distinta e, por isso mesmo, relevante para os seus ouvintes.
Como exemplo, cito que as raízes do uso da palavra “Evangelho” no Novo Testamento, devem ser buscadas não no grego secular, mas sim no Antigo Testamento.[15] Ou seja, mesmo a palavra tendo um emprego comum no grego clássico, o seu conteúdo encontra-se nas páginas do Antigo Testamento. O recipiente é grego, contudo, o conteúdo é judaico. Muitas vezes a língua grega é apenas a taça de prata, mas, o conteúdo de ouro está na terminologia, repleta de significado teológico, veterotestamentária.
O homem e a comunicação
Retornemos ao nosso assunto. O Homem, afirma Hesselgrave (1924-2018): “É a única criatura na terra capaz de colocar a comunicação em forma de símbolos sem nenhuma relação com seus referentes, além daquela que a mente humana lhe atribui. Além disso, transcendendo o tempo e o espaço, ele consegue passar informações a outros em lugares remotos ou àqueles que ainda vão nascer”.[16]
Portanto, conforme interpreta May (1909-1994), “comunicar é uma maneira de compreensão mútua”,[17] sendo a comunicação fundamental para o desenvolvimento psíquico e social do ser humano.
Comunicar, etimologicamente, significa “tornar comum”. Nesse ato, formamos uma comunidade, constituída por aqueles que sabem que partilham do mesmo conhecimento.
Assim, a comunicação é uma quebra de isolamento individual, para que haja comunhão.[18] “A ‘comunhão’ encontra-se em códigos partilhados mutuamente”,[19] porque, somente assim, poderá o “código” ser “decodificado”, estabelecendo-se desse modo a comunicação. A comunicação, portanto, é essencial para a vida em sociedade.
De certo modo, todo homem é uma ilha, até que resolva fazer parte do continente, isto ele faz por meio da comunicação.
O filósofo Locke (1632-1704) interpreta:
Deus, tendo designado o homem como criatura sociável, não o fez apenas com inclinação e necessidade para estabelecer camaradagem com os de sua própria espécie, mas o forneceu também com a linguagem, que passou a ser o instrumento mais notável e laço comum da sociedade. O homem, portanto, teve por natureza seus órgãos de tal modo talhados para formar sons articulados, que denominamos palavras. (…) Além de sons articulados, portanto, foi mais tarde necessário que o homem pudesse ter a habilidade para usar esses sons como sinais de concepções internas, e fazê-los significar as marcas das ideias internas de sua própria mente, pelas quais elas serão conhecidas pelos outros, e os pensamentos das mentes dos homens serão mutuamente transmitidos.[20]
A nossa comunicação reflete a compreensão que temos de nossa própria experiência. Comunico o que considero relevante dentro de propósitos específicos ou não, contudo sempre dentro de objetivos visualizados.
Pedagogicamente considerando, a comunicação consiste na passagem da alma de uma geração a outra, por meio da perpetuação de seus valores e da modelagem intencional do seu caráter. A comunicação visa transmitir o “sentido” do percebido por intermédio da linguagem.
Por sua vez, a função principal da linguagem é a comunicação.[21] Nesse processo, dá-se a integração social entre o passado, o presente e o futuro, visto que a nova geração é o meio de consolidação e transmissão desses valores.
Nesse sentido, a comunicação é sempre intencional. É a partir dessa intencionalidade comunicativa que se produz a educação e a cultura.[22] “A cultura é o resultado da comunicação entre os homens, um vagaroso processo de construção, um resultado ganho com dificuldade, que exige dezenas de milhares de anos”, define May.[23] Desse modo, a educação pode ser vista como a modelagem dos indivíduos segundo a norma da comunidade.[24]
A necessidade de comunicação nos conduz invariavelmente à educação como meio de transmissão e perpetuação do saber.[25]
Como vimos aqui, a comunicação é essencial para o desenvolvimento psíquico e social do ser humano, pois permite a compreensão mútua e a formação de comunidades por meio do compartilhamento de conhecimento. Locke ressalta que Deus fez o homem sociável e provido de linguagem para facilitar essa comunicação. A comunicação é intencional e visa transmitir valores, cultura e educação entre gerações. A educação, vista como a modelagem dos indivíduos conforme a norma da comunidade, é fundamental para a perpetuação do saber. A comunicação e a educação são interligadas, e a cultura é um resultado da comunicação contínua entre os homens.
Rev. Hermisten Maia Pereira da Costa
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[1]Jay E. Adams, Conselheiro Capaz, São Paulo: Fiel, 1977, p. 201.
[2] Cf. A.H. Strong, Teologia Sistemática, São Paulo: Hagnos, 2003, v. 1, p. 21.
[3] Tradução parafraseada da Bíblia hebraica para o aramaico, língua que se tornou popular entre os judeus desde os tempos de Neemias. (Veja-se: Gleason L. Archer, Jr., Merece Confiança o Antigo Testamento, São Paulo: Vida Nova, 1974, p. 48-50).
[4]Cf. Joseph H. Hertz, Pentateuch and Haftorahs, 2. ed., London: Soncino Press, 1960, (Gn 2.7), p. 7. “O homem é um animal que fala: esta definição, após tantas, é talvez a mais decisiva” (Georges Gusdorf, A Palavra, Brasília, DF.: Academia Monergista, 2021, p. 16).
[5] Veja-se: Georges Gusdorf, A Palavra, Brasília, DF.: Academia Monergista, 2021, p. 16-19.
[6]“Comparada com uma pessoa falante, uma pessoa calada deve ser considerada semimorta. E no ser humano não existe obra mais poderosa nem mais preciosa do que a fala. Pois é através dela que o ser humano distingue-se de modo mais nítido dos outros animais, mais do que através da sua forma ou de outra obra qualquer. Isso porque um pedaço de madeira pode adquirir a forma humana através da arte do entalhador. E um animal pode, tanto quanto um ser humano, ver, ouvir, cheirar, cantar, andar, ficar de pé, comer, beber, jejuar e sentir sede, bem como sofrer de fome, sob a geada e sobre um leito duro” (M. Lutero, Prefácio ao Livro dos Salmos: In: Martinho Lutero: obras selecionadas, São Leopoldo, RS.; Porto Alegre: Sinodal; Concórdia, 2003, v. 8, p. 34). “A linguagem é uma das características que separam o homem dos animais. Assim como a racionalidade, a linguagem pertence às pessoas” (Vern S. Poythress, Redimindo a Matemática: uma abordagem teocêntrica, Brasília, DF.: Monergismo, 2020, p. 22). Do mesmo modo, vejam-se: Ernst Cassirer, Antropologia Filosófica, 2. ed. São Paulo: Mestre Jou, 1977, p. 328; Battista Mondin, O Homem, quem é ele?, São Paulo: Paulinas, 1980, p. 151.
[7]Jay E. Adams, Conselheiro Capaz, São Paulo: Fiel, 1977, p. 201. “Quando Adão e Eva caíram, rompeu-se a comunicação com Deus e entre si” (Ibidem., p. 202).
[8] Herman Ridderbos, A Vinda do Reino, São Paulo: Cultura Cristã, 2010, p. 161. À frente: “O ponto de partida do evangelho não é o valor, mas a culpa do homem; e a redenção não é a preservação da alma como parte imperecível e mais importante do homem, mas sim a salvação da totalidade da existência humana no julgamento final” (p. 164).
[9] “O evangelho não pode oferecer, aos que creem, apenas a salvação pessoal na vida futura; ele precisa também transformar, aqui e agora, todos os relacionamentos da vida e, assim, fazer com que o Reino de Deus prevaleça em todo o mundo” (George E. Ladd, O Evangelho do Reino: estudos bíblicos sobre o reino, São Paulo: Shedd Publicações, 2008, p. 16).
[10] “Se realmente queremos entender uma cultura, muitas vezes diz-se necessário que compreendamos a sua língua” (Tim Chester, Conhecendo o Deus Trino: porque Pai, Filho e Espírito Santo são boas novas, São José dos Campos, SP.: Fiel, 2016, p. 18).
[11]“Uma língua é inconcebível sem uma comunidade linguística que a suporte, assim como essa comunidade só existe em virtude de uma língua determinada, que lhe dá ao mesmo tempo sua forma e seu contorno. Desde que uma língua existe, existe também uma comunidade linguística. Há, em suma, entre as duas, uma dependência recíproca” (Walther Von Wartburg; Stephen Ullmann, Problemas e Métodos da Linguística, São Paulo: Difel, 1975, p. 205). À frente: “Tudo o que podemos dizer é que o nascimento da língua ou de uma determinada língua, ou o nascimento da comunidade que a suporta, o desenvolvimento do espírito, e a origem do gênero humano, representam fenômenos geneticamente conexos” (Ibidem., p. 206-207).
[12]Devo esta expressão às observações de Collingwood (R.G. Collingwood, Los Principios del Arte, México: Fondo de Cultura Econômica, © 1960, 3. reimpressão, 1993, p. 18-20).
[13] Werner Jaeger, Cristianismo Primitivo e Paideia Grega, Lisboa: Edições 70, 1991, p. 17.
[14] Veja-se: François Turretini, Compêndio de Teologia Apologética, São Paulo: Cultura Cristã, 2011, v. 1, p. 39-40.
[15]Vejam-se: Gerhard Friedrich, Eu)agge/lion: In: Gerhard Kittel; G. Friedrich, eds. Theological Dictionary of the New Testament, v. 2, p. 725; P. Bläser, Evangelho: In: Heinrich Fries, dir., Dicionário de Teologia, 2. ed. São Paulo: Loyola, 1983, v. 2, p. 153; Donatien Mollat, Evangelho: In: Xavier Léon-Dufour, dir. Vocabulário de Teologia Bíblica, 3. ed. Petrópolis, RJ.: Vozes, 1984, p. 319; U. Becker, Evangelho: In: Colin Brown, ed. ger. O Novo Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, v. 2, p. 169.
[16] David J. Hesselgrave, A Comunicação Transcultural do evangelho, São Paulo: Vida Nova, 1994, v. 1, p. 23.
[17] Rollo May, Poder e Inocência, Rio de Janeiro: Artenova, 1974, p. 57-58.
[18] Veja-se: José Marques de Melo, Comunicação Pessoal: Teoria e Pesquisa, 6. ed. Petrópolis, RJ.: Vozes, 1978, p. 14.
[19]David J. Hesselgrave, A Comunicação Transcultural do evangelho, p. 39.
[20] John Locke, Ensaios Acerca do Entendimento Humano, São Paulo: Abril Cultural, (Os Pensadores, v. 19), 1974, III.1. §§ 1-2, p. 227. Veja o comentário feito por Leibniz: G.W. Leibniz, Novos Ensaios, São Paulo: Abril Cultural, (Os Pensadores, v. 19), 1974, III.1, p. 167-168.
[21] Cf. Battista Mondin, O Homem, quem é ele?, São Paulo: Paulinas, 1980, p. 144.
[22] “Cultura”, tem o sentido aqui, de conjunto de valores, crenças e manifestações que caracterizam um povo. Deste modo, não existe povo “sem cultura”. Louis Luzbetak (1918-2005), assim definiu: “Cultura é uma maneira de pensar, sentir, crer. É o conhecimento do grupo armazenado para uso futuro” (Apud David J. Hesselgrave, A Comunicação Transcultural do evangelho, p. 60). Ver também: Peter Burke, O Renascimento Italiano: Cultura e sociedade na Itália, São Paulo: Nova Alexandria, 1999, p. 10.
[23] Rollo May, Poder e Inocência, p. 60.
[24] Veja-se: W. Jaeger, Paidéia: A Formação do Homem Grego, 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1989, p. 10.
[25]“A experiência do diálogo, portanto, é a primeira e mais decisiva pedra de toque da universalidade. Se desejo entender-me com outrem, fazê-lo participar da minha certeza, devo proceder passo a passo, dissecar a dificuldade, a fim de assegurar a aderência, sem ruptura, de um espírito ao outro. Incessantemente, quando o interlocutor não me acompanha, é necessário voltar atrás e conduzi-lo novamente” (Georges Gusdorf, A Palavra, Brasília, DF.: Academia Monergista, 2021, p. 107).
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