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A morte da amizade
Essas são as três definições de Aristóteles sobre amizade:
1. No sentido utilitário (o amigo é útil para você);
2. No sentido afetivo (o amigo como alguém que faz bem);
3. No sentido virtuoso (a amizade verdadeira, que só pode ser vivida por pessoas virtuosas nos termos propostos anteriormente). Esta última, segundo ele, independe de utilidade ou afeto, e por isso, é tão rara.
Ou seja, no pensamento de Aristóteles, amizade verdadeira era algo que basicamente acontecia entre pessoas virtuosas que confiavam umas nas outras.
Quero mostrar agora a visão do cristianismo em relação à amizade, e com isso meu objetivo é salientar que no mínimo o cristianismo é muito mais abrangente quando contempla o significado da palavra amizade, pois sua visão sobre quem é o ser humano considera o problema da queda.
“Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos.” (Jo 15.13 – ARA).
Portanto, fica claro que o cristianismo tem uma visão mais realista sobre a amizade, pois ele não considera o homem apenas como alguém virtuoso, mas também como alguém pecador, sujo pela queda.
Amizade é uma palavra rica e cheia de significado, porém tem sido banalizada em nosso tempo, e isso talvez ocorra por uma falta de entendimento do que realmente significa a palavra amizade.
“A maior causa de verbicídio é o fato de que, obviamente, a maioria das pessoas anseia muito mais expressar sua aprovação ou desaprovação das coisas do que descrevê-las”. Cs Lewis[1]
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Notas:
[1] Como cultivar uma vida de leitura, CS LEWIS, p.85.
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- Autor: Paulo Clemente de Laia Junior, Angra dos Reis – RJ, sou formado em administração pela Universidade Anhanguera, e estou cursando meu último semestre de teologia no (STCAR – seminário teológico congregacional de Angra dos Reis), apaixonado por livros e teologia, vascaíno nas horas vagas. Uso mais instagram, me procure lá @paulo.junior__ . Rio de Janeiro, Brasil.