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Consequências da murmuração
O texto de Números 21.6 nos diz que:
Então, o Senhor mandou entre o povo serpentes abrasadoras, que mordiam o povo; e morreram muitos do povo de Israel. ARA
A imagem que temos neste texto é a cena de um grupo de pessoas caminhando no deserto. O sol está forte e o ar é seco. O grupo é formado por homens, mulheres e crianças. Eles estão cansados e exaustos. De repente, uma serpente surge do chão e morde uma pessoa. Tal pessoa grita de dor. Outros começam a gritar também. A serpente é grande e tem a pele vermelha e brilhante. Ela é venenosa e sua mordida é mortal. As pessoas começam a correr desesperadamente, tentando escapar das serpentes. Mas as serpentes são rápidas e ágeis. Elas conseguem alcançar as pessoas e mordê-las. A imagem mostra pessoas caídas no chão, agonizando de dor. Outras pessoas estão chorando e gritando. A cena é de caos e desespero.
Portanto, este versículo nos mostra a indignação do Senhor contra a murmuração e contra a soberba do povo. Como resultado da murmuração e da soberba do povo, o texto nos apresenta duas consequências. A primeira consequência da murmuração é o:
Juízo do Senhor (v.6a)
O texto segue dizendo que: “Então, o Senhor mandou entre o povo serpentes abrasadoras, que mordiam o povo”. O caminho que eles atravessaram de fato era perigoso. Mas o Senhor continha os perigos para protegê-los. No entanto, como juízo, o Senhor permite que as serpentes como pragas os atacassem naquele exato momento.
Serpentes abrasadoras ou cobras ardentes é assim chamada por causa da forte ardência que ela causava em decorrência da picada. Também acredito que há duas ironias na forma como Deus executou o juízo sobre o povo.
A primeira ironia se dá porque Deus poderia enviar qualquer outro tipo de animal para castigá-los naquele momento. Aquele era um lugar muito perigoso. Mas o Senhor enviou justamente serpentes. Por que serpentes? Porque a serpente nada mais é do que a representação da causa da entrada do pecado no mundo. A entrada do pecado no mundo se deu pela desobediência e soberba.
A segunda ironia se dá pela forma como o povo murmurava contra Deus. O povo dizia: “para que morramos neste deserto, onde não há pão e nem água?”. Alguns chegam a comentar que a picada dessa serpente causava não apenas ardência, mas também causava calor e sede.
Então veja que ironicamente ou não o juízo do Senhor foi sobre o povo apontando para a soberba e a falta de domínio da boca.
A segunda consequência da murmuração é a:
Morte (v.6b)
O texto segue dizendo: “e morreram muitos do povo de Israel”. Este nos mostra que definitivamente a murmuração tem consequências. E por essa razão devemos tomar cuidado com aquilo que falamos diante de Deus. Devemos de fato atentar-nos para as nossas murmurações, reclamações e queixas diante do Senhor.
Conforme algumas passagens que já vimos sobre a murmuração do povo, eles haviam desejado a morte. De acordo com Números 14.1,2 após o relatório dos espias o povo anelou pela morte. Segundo Números 14.22,23 Deus fez a promessa de que nenhum deles entrariam na terra.
Em virtude disso, consoante Números 32.11-13 nos informa que todos acima de 20 anos definitivamente morreram no deserto. Exceto Calebe e Josué. O que eles falavam por meio da murmuração, Deus atendeu.
Conclusão:
Portanto, como consequência da murmuração veio sobre o povo o juízo do Senhor e a morte. A murmuração tem consequências. Devemos ter cuidado com as palavras que saem de nossa boca. A nossa boca pode ser um instrumento de edificação, como também de destruição.
Mateus 12.36,37 nos diz que: “Digo-vos que de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no Dia do Juízo; porque, pelas tuas palavras, serás justificado e, pelas tuas palavras, serás condenado” ARA.
Assim também nos diz Tiago 3.6,10 que: “6 Ora, a língua é fogo; é mundo de iniquidade; a língua está situada entre os membros de nosso corpo, e contamina o corpo inteiro, e não só põe em chamas toda a carreira da existência humana, como também é posta ela mesma em chamas no inferno […] 10 De uma só boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não é conveniente que estas coisas sejam assim” ARA.
Portanto, tenhamos muito cuidado com as palavras que saem de nossa boca. Que o Senhor abençoe o seu povo. Amém!