Lembrando-se do que Deus prometeu

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“Enquanto Labão tinha ido fazer a tosquia das ovelhas, Raquel roubou os ídolos do lar que pertenciam a seu pai. E Jacó enganou Labão, o arameu, não revelando que tinha planos de fugir. E fugiu com tudo o que lhe pertencia. Levantou-se, passou o Eufrates e tomou o rumo dos montes de Gileade.” (Gênesis 31:19-21).

 

Nos deparamos as vezes com a seguinte situação: as promessas de Deus parecem demorar demais. Mesmo sabendo que Deus está fora do nosso tempo e que possui infinita sabedoria e infinita bondade, ainda assim, insistimos em dizer que Deus se atrasa. O que então fazemos? Normalmente buscamos alternativas e soluções que estão fora da vontade de Deus. Mas o patriarca Jacó, com todos os seus defeitos, demonstra confiar nas promessas de Deus, mesmo que aparentemente eles não estivessem perto de se cumprir.

O texto em destaque está dentro do seguinte contexto: Jacó, estava vivendo com seu sogro Labão, após se casar com suas duas filhas, Lia e Raquel. Jacó trabalhou por anos e enriqueceu Labão grandemente, e este percebeu isso e sempre dava um jeito de manter Jacó por perto. E de fato, como as promessas feitas a Abraão poderiam se cumprir se Jacó permanecesse ali? Jacó entendeu isso e buscou fugir de Padã, porém, Raquel sua mulher decidiu vigar-se de seu pai, e como faz isso? Ela rouba os ídolos do clã. Para muitos essa pode ser uma atitude de idolatria, mas na verdade não é o caso, os ídolos em questão, os chamados terafins, eram como se fossem a escritura das terras de Labão, o direito de posse delas, de modo que quem tivesse os terafins teria direito a terra.

Na mente de Raquel isso fazia sentido, e era justo, pois foi Jacó quem fez aquelas terras prosperarem graças ao seu trabalho, então que tudo pertencesse a Jacó. Mas não eram esses os planos de Deus. O Senhor prometeu sim uma terra a Jacó e aos seus descendentes, mas não eram as de Labão.

Quando então Jacó, suas esposas e filhos fogem da casa de Labão, este vai atrás de Jacó pois percebeu que seus terafins haviam sido roubados. Então, sem saber o que Raquel havia feito, Jacó garante a Labão que não havia roubado seus ídolos e que tão pouco desejava suas terras. Então ambos firmam um acordo a fim de que Jacó renunciasse legalmente a qualquer direito sobre as terras de seu sogro (Gn 31: 43-55).

Jacó poderia ter apresentado os terafins a algum juiz e ganhado o direito sobre tudo o que Labão possuía, contudo, ele escolheu confiar nas promessas de Deus, ainda que parecessem demorar. E de fato, as promessas se cumpriram, e naquela terra prometida se firmou Israel, de quem surgiu o Cristo, o qual também nos fez promessas. Cristo nos prometeu vida eterna e plena santidade quando voltasse. Nos voltemos para a certeza da volta de Cristo, pois é uma promessa feita pelo Deus fiel, que não nos apeguemos às “terras” deste mundo, ainda que seja nosso direito e seja justo assim pensarmos. O que Cristo nos garante é uma eternidade com o Eterno, que nos apeguemos a isso aguardemos com confiança a manifestação da Sua vinda.